“óbvio que eu não iria falar não”

Bastou uma foto entre a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Virginia Fonseca, após o fim do depoimento da influenciadora para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets, no dia 13 de maio de 2025, para a imagem repercutir na internet. Não faltou comentário – e críticas – à atitude da senadora que, mesmo quase um mês depois, não foge de questionamentos sobre o assunto.

Em entrevista ao podcast Política de Primeira, do Primeira Página, uma das representantes de Mato Grosso do Sul no Senado Federal não titubeou ao explicar o motivo de não ver problema no ato de posar para uma foto ao lado de uma testemunha da CPI, logo depois da oitiva.

“Ela me pediu uma foto. E aí muita gente questionou. Óbvio que eu não iria falar não. Se ela fosse investigada, como já aconteceu, eu já disse não pra pessoas, se ela fosse investigada, ou se tivesse em processo de autorização da sua bet, eu não tiraria foto”.

Apesar disso, Soraya não deixou de criticar o trabalho de influenciadores, como Virginia, que divulgam e promovem “jogos de azar”, como classifica as bets, e falou sobre a necessidade de essas pessoas também serem monitoradas. 

“A gente vê empresas de influenciadores também servindo para movimentar todos esses recursos. Recursos esses, que passam por instituições de pagamento, que são uma espécie de banco, elas funcionam ali com uma autorização, mas ela não tem a mesma rastreabilidade do recurso. Então, eu não consigo num RIF, por exemplo, que eu peço para o COAF, que é um relatório de informação financeira, eu consigo ver como percorreu o dinheiro de uma certa empresa ou de um certo CPF. Na IP, não, eu não consigo. Eu só consigo ver a movimentação do CNPJ, da instituição de pagamento e não os seus clientes. Então, isso também nos trouxe a consciência de que eles  passarão a ser monitorados”. 

Soraya sobre as bets: “pandemia”

Relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), com apresentadora, influenciadora e empresária Virginia Fonseca (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Ao explicar o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito e falar sobre a dificuldade de criar proibições para algo que é claramente criticado, no país, Soraya ilustrou o tamanho do problema que os jogos de azar estão promovendo entre as famílias.

“Virou uma pandemia. Uma pandemia de um vício silencioso para o qual nós não estávamos preparados. Começando pelo próprio projeto de lei, que não fala jogos de azar, fala jogo. Jogo, vamos dizer assim, se eu estou apostando em duas pessoas que estão jogando xadrez, por exemplo, eu vou apostar, se eu estou jogando, eu aposto e acredito na minha habilidade. Vamos dizer assim. Se eu estou apostando em alguém, ou um cavalo, ou um time, uma coisa é a manipulação de resultados, que virou outro problema grave. Mas nós estamos falando aqui de jogo de azar”.

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