Um estudo da Cloudera em parceria com a Finextra Research que o BRAZIL ECONOMY teve acesso com exclusividade aponta que as estratégias de implantação de IA Híbrida, aquela que mescla a implementação de inteligência artificial com a estratégia humana, tornou-se essencial no setor de serviços financeiros, com 91% das organizações classificando essa abordagem como altamente valiosa. Além disso, embora a adoção seja ampla, o estudo confirma que barreiras significativas relacionadas a dados e segurança impedem as empresas de alcançar uma integração completa em nível corporativo.
A pesquisa, que ouviu 155 executivos e líderes na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América Latina e Oriente Médio e África, mostra que 62% das organizações de serviços financeiros já utilizam uma abordagem híbrida de IA que inclui nuvem pública, data centers até os estágios finais de processamento (edge), permitindo implantar IA onde quer que os dados estejam.
Este modelo é considerado crítico para gerenciar sistemas legados, escalar de forma eficiente e lidar com tarefas intensivas, como o treinamento e a implantação de modelos de IA. A adoção generalizada comprova que uma infraestrutura flexível e compatível com dados em qualquer lugar deixou de ser opcional e se tornou um requisito central para obter vantagem competitiva.
“Os dados revelam uma virada definitiva no setor financeiro: a abordagem híbrida para implementar IA deixou de ser uma tendência e se tornou o padrão. Mas, o estudo também mostra que a corrida não é apenas tecnológica, é estratégica”, afirmou Cesar Gomes, VP da Cloudera no Brasil e responsável pela operação da companhia no País. Com longa experiência no mercado de tecnologia, Gomes contabiliza passagens por empresas como HP e desde que entrou na Cloudera, em 2020, já atuou com clientes do porte de Claro, Vivo, Itaú e Safra.
A segurança de dados emergiu como o principal obstáculo para fechar o gap de implementação da IA: 97% das organizações de serviços financeiros relatam que silos de dados prejudicam sua capacidade de construir e implantar modelos eficazes de IA. Apesar das altas ambições em IA, muitas empresas ainda lutam para desbloquear valor verdadeiramente transformador. Quase metade das organizações (48%) já ultrapassou a fase inicial de experimentação, mas ainda não integrou totalmente a tecnologia às suas operações principais. Isso as coloca em desvantagem em relação aos 26% que já alcançaram adoção plena de IA em toda a empresa.
“As instituições brasileiras e globais só conseguirão escalar IA com segurança se tiverem uma base unificada de dados, capaz de eliminar silos, garantir governança e levar inteligência para onde os dados realmente estão. Essa combinação é o que vai definir quem lidera e quem fica para trás na próxima fase da transformação digital”, disse Cesar Gomes.
Chama atenção ainda que com o crescimento das implantações híbridas, 84% das organizações consideram crítica ou muito importante uma estrutura unificada de governança e segurança de dados, enquanto uma em cada quatro empresas classifica segurança como prioridade máxima ao avaliar fornecedores de plataformas de IA.
“O relatório confirma que uma estratégia híbrida e compatível com dados em qualquer lugar é inegociável. Ele também destaca que somente a infraestrutura não é suficiente”, afirma Adrien Chenailler, Diretor Global de Soluções de IA para Serviços Financeiros da Cloudera. “Para realmente fechar o gap de implementação, as instituições financeiras precisam de uma plataforma unificada de dados e IA que garanta governança e segurança consistentes em todos os ambientes. Esse é o único caminho para construir confiança, gerenciar riscos e acelerar a adoção de IA em escala”, afirmou.
De acordo com Gary Wright, diretor-gerente da Finextra Research, a IA só pode alcançar todo o seu potencial quando a soberania, privacidade e confiança dos dados forem garantidas. “Os resultados da nossa pesquisa revelam tanto avanços quanto lacunas, reforçando que o sucesso em IA dependerá não apenas do nível de investimento, mas também de decisões estratégicas relativas à infraestrutura, parcerias com fornecedores e governança robusta de dados. Temos o prazer de compartilhar essas percepções em parceria com a Cloudera, ajudando nossos membros globais a navegar por esse cenário em rápida evolução”, disse o executivo.