Policiais civis da Delegacia de Tapurah, com apoio da Delegacia de Lucas do Rio Verde, cumpriram na manhã deste sábado (27.04) quatro mandados judiciais na investigação para esclarecer o homicídio do trabalhador de uma fazenda da região. O dono da fazenda onde a vítima travalhava foi alvo de prisão temporária.
As três ordens de buscas domiciliares e uma de prisão foram expedidas pela Vara Única da Comarca de Tapurah. As buscas foram cumpridas na fazenda do alvo da investigação e em duas residências dele na cidade de Tapurah e no Distrito de Ana Terra.
Na última quarta-feira (24.04), a Delegacia de Tapurah foi informada de um suposto ataque de onça que teria resultado na morte de Dinalto Machado Lopes, 52 anos, que trabalhava em uma fazenda na região de Tapurah.
O que inicialmente parecia ser um incidente envolvendo a ataque de animal, rapidamente se transformou em uma ocorrência de homicídio, conforme foi revelado pela investigação.
A Polícia Civil recebeu a primeira notificação pela equipe médica de Tapurah que relatou um suposto ataque de felino. Contudo, após uma análise mais detalhada no corpo da vítima pela equipe policial e peritos da Politec surgiram indícios que sugeriam um possível homicídio seguido de tentativa de ocultação do crime.
Investigação
Em entrevista aos policiais civis, o proprietário da fazenda, de 56 anos, afirmou que no dia do fato, a vítima foi encarregada de consertar uma cerca na propriedade. Aproximadamente duas horas depois, a esposa da vítima percebeu a ausência prolongada e perguntou ao suspeito onde a vítima estava.
O investigado então, de acordo com a esposa da vítima, momentos depois passou a gritar que a vítima estava morta e que tinha lesões que eram de ataque de onça, baseando-se nos ferimentos e na suposta trilha deixada pelo animal.
No entanto, a perícia oficial apresentou conclusões do exame de necropsia e do local contradisseram a versão apresentada pelo suspeito. As lesões encontradas no corpo da vítima foram consideradas incompatíveis com o ataque de animal felino, indicando cortes provocados por instrumento cortante e perfurações por arma de fogo.
Além disso, durante a análise da cena do suposto ataque foram descobertas cápsulas de munições deflagradas, em um local próximo à sede da fazenda, a aproximadamente 260 metros de distância. Essa descoberta levantou sérias suspeitas sobre a versão apresentada pelo suspeito, sugerindo que o incidente se tratou de um homicídio disfarçado.
Diante das evidências coletadas, a Polícia Civil representou pelos mandados de prisão temporária e de buscas. Em uma das residências do investigado foram apreendidas três armas de fogo e diversas munições.
A investigação prossegue para reunir outras informações que possam esclarecer toda a dinâmica do crime e a motivação.
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