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Bolsonaro participou de plano para matar Lula após perder eleições

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa terça-feira (18), o ex-presidente do país, Jair Messias Bolsonaro, teria conhecimento sobre um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. ebc

O plano, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se chamava “Punhal Verde Amarelo”.

Jair Bolsonaro tinha conhecimento de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, diz denúncia da PGR. (Foto: Agência Brasil)
Jair Bolsonaro tinha conhecimento de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, diz denúncia da PGR. (Foto: Agência Brasil)

Plano golpista e assassinato de Lula – Bolsonaro denunciado

A denúncia contra Jair Bolsonaro foi apresentada na noite dessa terça e enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), com evidências de que o ex-presidente participou de uma trama golpista após a derrota nas eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas também estão citadas na denúncia. (Veja a lista completa dos denunciados ao fim desta matéria).

Ainda conforme Paulo Gonet, o plano para assassinar Lula foi arquitetado e levado para conhecimento do então presidente da República, enquanto o Ministério da Defesa trabalhava para reconhecer a “inexistência de detecção de fraudes nas eleições”.

Desdobrando-se em várias atividades, o plano envolvia até o uso de armas bélicas – utilizadas por forças militares – contra o Alexandre de Moraes e a morte por envenenamento de Lula, segundo Gonet.

Plano não ficou só no papel

De acordo com a denúncia da PGR, os planos não ficaram somente no papel e chegaram a ser iniciados por envolvidos, sendo que um deles se encerrava com a frase “Lula não sobe a rampa”.

No fim de 2022, os envolvidos realizaram monitoramento dos alvos a serem “neutralizados”. No dia 15 de dezembro, com os preparativos completos, os envolvidos só não executaram a última parte do plano por não conseguirem a ajuda do Comando do Exército.

Antes disso, no dia 9 de novembro daquele ano, o plano “Punhal Verde Amarelo” foi impresso no Palácio do Planalto pelo ex-assessor da presidência da República e geral do Exército, Mário Fernandes – preso durante as investigações.

O documento teria sido levado por ele no mesmo dia ao Palácio da Alvorada. Durante todo esse processo, Jair Bolsonaro teria acompanhado o desenvolver dos esquemas, afirma Paulo Gonet.

A participação de Bolsonaro foi evidenciada, segundo a denúncia, por um áudio de WhatsApp obtido por policiais federais, no qual Mário Fernandes conta a Mauro Cid que encontrou o ex-presidente pessoalmente e debateu o momento ideal para serem realizadas as últimas tramas.

34 denunciados por golpe

Dentre as acusações feitas por Gonet, está a de que Bolsonaro cometeu crimes de organização criminosa armada, golpes de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

Quem deverá apreciar o caso é a Primeira Turma da Corte, após liberação do relator, o ministro Alexandre de Moraes, além dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

Vale lembrar que em novembro de 2024, Jair havia sido indiciado pela Polícia Federal com outras 39 pessoas. 

Ainda conforme a investigação, o ex-presidente disseminou notícias falsas para descredibilizar o processo eleitoral brasileiro, na tentativa de criar um ambiente favorável para uma possível intervenção militar. A ação foi orquestrada com auxiliares.

Um dos pontos chaves da articulação golpista ocorreu, segundo a Polícia Federal, em uma reunião ministerial em julho de 2022, quando houve um encontro gravado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

No encontro, o ex-presidente fala aos seus ministros que “os caras estão preparando tudo para Lula ganhar no primeiro turno” e que seria preciso “fazer alguma coisa antes” do pleito. No entendimento dele, “se a gente reagir depois das eleições”, o Brasil viraria um “caos” e “uma grande guerrilha”.

LEIA MAIS: Bolsonaro pode ser preso após denúncia da PGR por tentativa de golpe?

Lista completa dos denunciados

1.    Ailton Gonçalves Moraes Barros 
2.    Alexandre Rodrigues Ramagem 
3.    Almir Garnier Santos 
4.    Anderson Gustavo Torres 
5.    Angelo Martins Denicoli
6.    Augusto Heleno Ribeiro Pereira
7.    Bernardo Romão Correa Netto 
8.    Carlos Cesar Moretzsohn Rocha 
9.    Cleverson Ney Magalhães
10.  Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira 
11.  Fabrício Moreira de Bastos 
12.  Filipe Garcia Martins Pereira 
13.  Fernando de Sousa Oliveira 
14.  Giancarlo Gomes Rodrigues 
15.  Guilherme Marques de Almeida 
16.  Hélio Ferreira Lima
17.  Jair Messias Bolsonaro 
18.  Marcelo Araújo Bormevet
19.  Marcelo Costa Câmara
20.  Márcio Nunes de Resende Júnior 
21.  Mário Fernandes
22.  Marília Ferreira de Alencar
23.  Mauro César Barbosa Cid
24.  Nilton Diniz Rodrigues
25.  Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
26.  Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
27.  Rafael Martins de Oliveira
28.  Reginaldo Vieira de Abreu
29.  Rodrigo Bezerra de Azevedo
30.  Ronald Ferreira de Araújo Júnior
31.  Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
32.  Silvinei Vasques
33.  Walter Souza Braga Netto
34.  Wladimir Matos Soares

*Com informações da Agência Brasil*

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  3. Com Bolsonaro, quem são os outros do clã indiciado por golpe de Estado

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