O mercado financeiro inicia esta sexta-feira (21) com expectativas positivas em relação ao dólar, influenciado por possíveis avanços nas negociações entre Estados Unidos e China, além de uma potencial resolução para o conflito na Ucrânia.
Sem dados econômicos relevantes na agenda doméstica, as atenções se voltam para a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Haddad, recém-chegado de uma viagem ao Oriente Médio, enfrenta o desafio de equilibrar as demandas populares do governo Lula com o compromisso de responsabilidade fiscal.
Tensões internas no governo
Uma reunião recente entre ministros do núcleo duro do governo e o presidente Lula discutiu a queda na popularidade presidencial, atribuindo parte dos problemas à área econômica.
Apesar das críticas, Lula veio a público defender Haddad, afirmando que o ministro quer “cuidar corretamente da economia”.
No cenário internacional, as declarações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre estar pronto para um acordo “forte e benéfico” com os Estados Unidos, ajudaram a melhorar o clima nos mercados.
Além disso, a sinalização do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, sobre possíveis negociações com a China para melhorar as relações comerciais, contribuiu para a queda do dólar globalmente.
Perspectivas para o câmbio
A aproximação entre Estados Unidos e China, junto com a possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia, são fatores que têm provocado alívio na cotação do dólar.
No Brasil, a recente captação externa do Tesouro e operações de empresas como Itaú e Raízen também ajudam a manter o câmbio relativamente estável, próximo a R$ 5,70.
Para hoje, o mercado acompanhará a divulgação de indicadores preliminares de atividade (PMIs) de vários países, além do dado de sentimento do consumidor de Michigan nos EUA.
No Brasil, a participação do diretor de política monetária do Banco Central, Newton Davi, em uma live sobre desafios para juros e câmbio em 2025, será monitorada pelos investidores.
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