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Juros futuros têm baixas firmes com queda do dólar no retorno do Carnaval

A volta do período de Carnaval foi marcada no Brasil pela queda firme das taxas dos DIs, de 30 pontos-base em alguns vencimentos, em sintonia com o recuo de mais de 2% do dólar ante o real, depois de alguns dados apontarem para uma desaceleração da economia norte-americana e após novas brechas abertas pelos EUA na cobrança de tarifas de importação.

Em uma sessão reduzida, de negócios apenas na segunda metade do dia, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 — um dos mais líquidos no curto prazo — estava em 14,31% no fim da tarde, ante o ajuste de 14,964% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,78%, ante o ajuste de 15,033%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2030 estava em 14,825%, em baixa de 30 pontos-base ante 15,124% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,85%, ante 15,127%.

Na última sexta-feira (28), as taxas futuras haviam disparado no Brasil, entre outros motivos pelo posicionamento de proteção dos investidores no dólar antes do período do Carnaval.

Nesta quarta-feira (4) houve um movimento inverso — de queda do dólar ante o real e de baixa das taxas futuras — ajudado em grande parte pela percepção de que a economia dos EUA pode estar a caminho de uma recessão.

Pela manhã o Relatório Nacional de Emprego da ADP indicou que a economia dos EUA abriu apenas 77.000 vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de abrir 186.000 em janeiro em dado revisado para cima. O resultado de fevereiro ficou bem abaixo dos 140.000 postos projetados em pesquisa da Reuters com economistas.

A perspectiva de forte desaceleração da economia norte-americana, que já havia pesado sobre o dólar nas sessões anteriores, voltou a pressionar as cotações da moeda norte-americana ao redor do mundo, em meio à leitura de que o Federal Reserve pode ter espaço para cortar mais os juros este ano.

Um dos fatores de pressão de alta sobre a inflação e os juros no Brasil, o dólar chegou a ceder mais de 2,70% ante o real durante a tarde, o que sustentou os recuos firmes das taxas dos DIs. Às 16h11, já na reta final da sessão, a taxa do vencimento para janeiro de 2030 estava na mínima de 14,80%, em baixa de 32 pontos-base ante o ajuste de sexta-feira.

No exterior a política tarifária do presidente Donald Trump também seguia no foco, após começarem a valer, na terça-feira (3), novas tarifas de importação de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de novas taxas sobre os produtos da China.

Durante a tarde, a Casa Branca confirmou que Trump dará um mês de isenção de tarifas para qualquer automóvel que entre no território norte-americano por meio do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês). Na prática, este foi mais um episódio de relaxamento das cobranças de tarifas pelos EUA.

Embora o dólar tenha se mantido em baixa ante praticamente todas as demais divisas, os rendimentos dos Treasuries sustentaram ganhos nesta quarta-feira, com investidores se apegando ao potencial inflacionário das tarifas de Trump e a alguns dados ainda robustos da economia.

Pela manhã, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços dos EUA subiu para 53,5 no mês passado, de 52,8 em janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam queda para 52,6.

Às 16h41 o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento — subia 7 pontos-base, a 4,277%.

No Brasil, sem efeitos sobre a curva de juros, o Banco Central divulgou no início da tarde que, conforme o boletim Focus, a projeção mediana dos economistas da inflação para 2025 seguiu em 5,65% e para 2026 permaneceu em 4,40%. Ambos os percentuais estão acima do centro da meta de inflação perseguida pela BC, de 3%.

O Focus indicou ainda que os economistas esperam que o BC eleve a Selic em 100 pontos-base em março, de 13,25% para 14,25% ao ano.

Perto do fechamento desta quarta-feira a curva brasileira precificava 86% de probabilidade de alta de 100 pontos-base da Selic em março, como vem indicando o BC.

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