A semana promete ser agitada para o mercado financeiro global, com destaque para a chamada “Superquarta”, quando ocorrerão as decisões do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.
Nos Estados Unidos, a expectativa é de manutenção da taxa de juros na faixa entre 4,25% e 4,5%. O Fed deve manter uma postura cautelosa, como seus dirigentes vêm sinalizando nas últimas semanas.
O foco estará no comunicado da reunião, que poderá esclarecer a posição do banco central americano em relação a possíveis cortes, manutenção ou até mesmo alta de juros.
No Brasil, o Copom deve confirmar o forward guidance dado em dezembro e elevar a taxa Selic em mais um ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. O mercado aguarda com expectativa o comunicado da reunião, que poderá sinalizar um ciclo mais curto de alta do juro.
Indicadores econômicos
O Banco Central brasileiro tem espaço para relaxar o conservadorismo, considerando os indicadores recentes que atestaram a desaceleração da atividade econômica a partir do quarto trimestre do ano passado.
Além disso, o real se valorizou diante do dólar e o mercado estabilizou as expectativas de inflação nas últimas semanas.
A semana também será marcada por decisões de política monetária em outros países, como Reino Unido, China e Japão. A expectativa geral é de manutenção das taxas de juros nesses países.
Orçamento 2025 e tensões políticas
Em Brasília, a atenção se volta para a votação da Lei Orçamentária de 2025. Apesar de boatos sobre um possível adiamento, o calendário prevê a análise pela Comissão Mista de Orçamento na terça-feira e a votação no plenário do Congresso na quarta-feira.
No entanto, entraves políticos podem atrasar esse cronograma. Ajustes feitos pelo governo no texto da lei orçamentária desagradaram a bancada ruralista, e há indefinições sobre os restos a pagar que podem ser resgatados por meio de um projeto de lei complementar.
O cenário econômico e político promete manter os mercados atentos ao longo da semana, com potenciais impactos nas decisões de investimentos e na condução da política econômica do país.
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