• Home
  • Política
  • Fim da taxa do lixo vai custar R$ 20 milhões a Cuiabá, diz Abilio

Fim da taxa do lixo vai custar R$ 20 milhões a Cuiabá, diz Abilio

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a revogação da taxa de lixo vai gerar um custo estimado de R$ 20 milhões por ano, mas garantiu que o município tem plena capacidade financeira para assumir a despesa. Segundo ele, o valor será coberto com recursos próprios e com a contribuição de grandes geradores de resíduos, como restaurantes e condomínios. O projeto de lei complementar que extingue a cobrança será votado nesta quinta-feira (4) na Câmara de Vereadores.

Abilio quer revogar a taxa de lixo que entrou em vigor na gestão Emanuel Pinheiro (Foto: Nathália Okde)

Durante entrevista à TV Centro América, Abilio classificou a proposta como um “presente para o município” e destacou que a revogação entrará em vigor assim que for encerrado o decreto de calamidade financeira, decretado no início da gestão. “Acredito que isso aconteça em mais um ou dois meses, no máximo”, afirmou.

A taxa foi instituída em 2022, durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, e passou a ser cobrada na fatura de água e esgoto. Com valores entre R$ 10,60 e R$ 21,20, a medida foi alvo de críticas da população e de promessas de campanha do atual prefeito.

Recursos próprios e responsabilidade dos grandes geradores

De acordo com Abilio, o município arrecada anualmente cerca de R$ 380 milhões em IPTU e R$ 640 milhões em ISS, o que, segundo ele, torna injustificável manter a cobrança da taxa de lixo na conta de água dos cidadãos. “Temos orçamento para isso. É só administrar melhor os recursos”, afirmou.

O prefeito explicou ainda que os grandes geradores de lixo — como restaurantes, bares e condomínios fechados que produzem resíduos em volume acima da média — continuarão sendo responsáveis por arcar com os custos específicos de coleta e destinação. “Esse modelo já existia e vamos apenas retomá-lo. Eles já pagam por esse serviço porque o caminhão de lixo convencional não recolhe esse tipo de resíduo”, disse.

Críticas e o Marco do Saneamento

A proposta de revogação foi criticada por supostamente contrariar o Marco Legal do Saneamento. Abilio, no entanto, rebateu os apontamentos, dizendo que a legislação permite o subsídio desde que o município tenha previsão orçamentária e capacidade de custeio — o que, segundo ele, está assegurado. “A despesa com a coleta é alta, mas está longe de ser impagável para uma cidade com orçamento de R$ 5,3 bilhões”, pontuou.

Contrato com empresa segue em vigor

Questionado sobre os problemas na coleta de lixo enfrentados nos primeiros meses de gestão, Abílio explicou que a prefeitura está limitada pelo contrato firmado com a empresa responsável ainda na administração anterior, homologado em novembro de 2024.

“Não posso romper um contrato só porque não gosto da empresa. Preciso ter embasamento jurídico. Estamos notificando, multando e cobrando com todo o rigor. Quando houver base legal suficiente, poderemos romper e acionar a segunda colocada ou abrir nova licitação”, afirmou.

Apesar das dificuldades, ele garantiu que o serviço está sendo acompanhado de perto pela gestão. “Estamos fazendo tudo dentro da legalidade. Não adianta romper contrato de forma irresponsável”, concluiu.

  1. Veja quem é o novo secretário de Educação de Cuiabá

  2. 1ª baixa da gestão: Abilio Brunini troca de secretária de Educação

  3. Cobrança da taxa de lixo pode acabar em Cuiabá; decisão sai nesta 5ª

  4. Um milhão de comprimidos: prefeito de Cuiabá mostra falhas na distribuição de medicamentos

  5. Abilio cai na piscina com alunos em evento escolar em Cuiabá

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Abertura Oficial da 1ª Expoind: um Marco para a Indústria de Mato Grosso

Nesta terça-feira, 4 de novembro, Cuiabá foi palco da abertura oficial da 1ª Feira de…

Defesa 'intransponível' do Arsenal iguala marca de 122 anos

Depois de passar um mês todo quase sem deixar os adversários chutarem contra seu gol,…

Brasil precisa de política ambiental moderna

Artur Falcette, secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e…