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Alckmin: PL da Reciprocidade pode ajudar, mas prefere diálogo com EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a defender o diálogo como a melhor resposta do Brasil às medidas adotadas recentemente pelos Estados Unidos.

Além das tarifas de até 25% sobre aço, alumínio, veículos e autopeças, o presidente Donald Trump anunciou na última quarta-feira (2) uma taxa de 10% sobre as importações do Brasil.

Alckmin evitou falar em retaliações imediatas, mas lembrou que o país já conta com um instrumento legal aprovado no Congresso, o projeto de lei da Reciprocidade que foi aprovado pelo Congresso Nacional nesta semana.

Ele disse que o país tem instrumento jurídico pronto para responder às barreiras tarifárias, mas que acredita em soluções negociadas e no multilateralismo.

“Foi aprovada uma lei no Senado e na Câmara, e nós queremos agradecer, porque é uma boa legislação, que dá ao Brasil o arcabouço jurídico para qualquer tipo de resposta, tarifária, não tarifária. […] Guerra tarifária é ruim para todo mundo”, disse, nesta sexta-feira (4), após reunião com representantes do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“Nós vamos trabalhar […] para reverter o que foi colocado […]. Não para o Brasil, para o mundo inteiro. E, além disso, um outro aumento de quase 10% para tudo. O Brasil ficou na menor taxa, 10%, mas não achamos justo, lamentamos”, continuou.

Alckmin destacou que, diferentemente da balança comercial americana com o mundo, que registra déficit, os EUA têm superávit comercial com o Brasil tanto em bens quanto em serviços.

Em meio à guerra tarifária deflagrada por Trump, os Estados Unidos reverteram o déficit comercial com o Brasil e passaram a registrar superávit de US$ 653,1 milhões no primeiro trimestre de 2025.

O vice-presidente também pontuou que o Brasil oferece acesso facilitado a produtos americanos, lembrando que dos 10 produtos que os Estados Unidos mais exportam para o Brasil, 8 não têm imposto para entrar no país.

Apesar de lamentar as novas tarifas impostas pelos EUA, Alckmin frisou que o Brasil continuará priorizando o caminho da negociação.

“Nós vamos trabalhar, esse é o caminho do diálogo e da negociação”, disse, ressaltando que reuniões técnicas entre os dois países já estão marcadas para a próxima semana.

Acordo com a União Europeia pode ganhar tração

Alckmin afirmou que o recente aumento das tarifas americanas pode acabar acelerando negociações comerciais em outras frentes, em especial o acordo entre Mercosul e União Europeia.

“Uma coisa, fato novo aí depois do tarifaço, é que eu acho que vai acelerar o acordo Mercosul-União Europeia, e esse é um acordo muito importante, porque são 720 milhões de pessoas e US$ 22 trilhões de PIB. Então, o acordo Mercosul-União Europeia é um acordo importante, que precisa ser assinado o mais rápido possível.”

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