Hoje, 8 de abril de 2025, Cuiabá, a vibrante capital de Mato Grosso, celebra 306 anos de uma história rica e multifacetada, marcada pela busca incessante por riquezas, pela efervescência cultural e pela resiliência de seu povo. Fundada em 1719, às margens do Coxipó, a cidade nasceu sob o signo da descoberta do ouro, um metal precioso que atraiu bandeirantes e desbravadores, moldando seu destino inicial.
A saga cuiabana teve seu marco inicial quando o bandeirante paulista Pascoal Moreira Cabral Leme, em sua busca por novas jazidas auríferas, encontrou as primeiras lavras na região. A notícia da descoberta se espalhou rapidamente, impulsionando um fluxo migratório que transformou o pequeno arraial em um importante centro de exploração. O ciclo do ouro, embora efêmero, deixou um legado indelével na arquitetura colonial que ainda hoje encanta no centro histórico, com suas igrejas barrocas e casarões imponentes, testemunhas de um passado glorioso.
Ao longo dos séculos XVIII e XIX, Cuiabá consolidou-se como um polo comercial e administrativo da vasta Capitania de Mato Grosso. Sua localização estratégica, como ponto de encontro de rotas fluviais e terrestres, impulsionou o desenvolvimento de atividades ligadas à pecuária e à agricultura, que se tornaram pilares da economia local após o declínio da mineração. A cidade também presenciou importantes momentos históricos, como a Guerra da Independência e a Guerra do Paraguai, desempenhando um papel crucial no cenário regional.
A virada para o século XX trouxe consigo a modernização e a expansão urbana. Cuiabá acompanhou o crescimento do estado, tornando-se um centro político, econômico e cultural de relevância nacional. A chegada da energia elétrica, a construção de estradas e a instalação de instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), impulsionaram o desenvolvimento em diversas áreas.
