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Guerra comercial de Trump e China prejudicará agricultores dos EUA; entenda

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas adicionais de 145% sobre todas as importações chinesas, apesar de ter suspendido seus impostos “recíprocos” sobre todos os outros países em uma reversão surpreendente na semana passada.

Mas a China não recua, afirmando que “lutará até o fim” se Trump continuar a intensificar o que já está se tornando uma guerra comercial de grandes proporções.

Na sexta-feira (11), a China também aumentou significativamente suas próprias tarifas sobre as importações dos EUA para o país.

Para analisar qual nação poderia ceder primeiro, a CNN examinou as maiores importações da China dos Estados Unidos, as de soja, para ver se e como essa demanda poderia ser atendida em outros lugares, o que os agricultores americanos podem perder e muito mais.

Ambos os países estão profundamente interligados em termos de comércio, embora a China venda aos EUA cerca de três vezes mais do que compra. O resultado é um déficit comercial significativo, de quase US$ 300 bilhões, a favor da China, uma lacuna que Trump quer fechar com tarifas.

A China compra principalmente produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, oleaginosas e grãos. As importações de soja, usada principalmente para ração animal, já haviam sido afetadas durante o primeiro mandato de Trump, quando os dois países se enfrentaram em uma guerra comercial anterior.

Na época, a China buscava diversificar a origem de suas importações e buscava produtos agrícolas de outros países. Isso deve acontecer novamente, depois da China impor uma tarifa de 125% sobre todas as importações dos EUA – uma medida que, segundo analistas, poderá reduzir as importações chinesas de commodities agrícolas americanas, como a soja, para quase zero.

As exportações de soja dos EUA para a China agora estão sujeitas a uma tarifa total de 135%, resultante da tarifa de 10% imposta a certos produtos agrícolas em março, mais a taxa de 125% anunciada na sexta-feira.

Durante a primeira guerra comercial entre EUA e China, o Brasil — o maior exportador mundial de soja — emergiu como vencedor, com as importações chinesas da leguminosa aumentando ao longo dos anos. As exportações brasileiras de soja para a China cresceram mais de 280% desde 2010, enquanto as exportações dos EUA permaneceram estáveis.

Em novembro passado, Xi realizou uma visita de Estado ao Brasil, com o objetivo de fortalecer os laços entre os dois países. Em 2024, a China foi o principal destino da soja brasileira, respondendo por mais de 73% do total das exportações de soja do país.

Com a expectativa de aumento na produção, a safra brasileira de soja deve atingir níveis recordes neste ano. A China pode aumentar suas importações do Brasil e de outros países sul-americanos, como a Argentina, que atualmente é o terceiro maior produtor de soja do mundo, depois do Brasil e dos EUA.

O que isso significa para os agricultores dos EUA

O setor agrícola dos EUA perdeu cerca de US$ 27 bilhões durante a guerra comercial de 2018, com 71% das perdas relacionadas à soja, de acordo com a Associação Americana de Soja.

E os agricultores, muitos dos quais vivem em estados que votaram em Trump nas eleições de 2024, ainda estão lutando contra as consequências. Apenas Illinois, o maior produtor de soja, e Minnesota, o terceiro maior estado produtor de soja, votaram na ex-vice-presidente Kamala Harris em novembro passado.

A China busca mais aliados além do Brasil para combater as tarifas americanas e expandir a cooperação comercial. Na quinta-feira, a China anunciou que estava disposta a trabalhar com os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ANAS) para fortalecer a comunicação e a coordenação.

No início desta semana, o Ministro do Comércio da China discutiu com autoridades da UE a retomada das negociações sobre alívio comercial e veículos elétricos.

Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda

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