O Fórum Econômico Mundial anunciou na terça-feira (22) que iniciou uma investigação sobre seu fundador, Klaus Schwab, após uma denúncia alegando má conduta do ex-presidente.
O anúncio foi feito um dia após Schwab, de 87 anos, anunciar sua renúncia ao cargo de presidente, sem apresentar justificativa.
O Wall Street Journal afirmou que uma carta anônima enviada na semana passada ao conselho do Fórum Econômico Mundial levantou preocupações sobre a governança e cultura organizacional, incluindo alegações de que a família Schwab usou recursos do fórum para fins pessoais, sem supervisão.
Em comunicado enviado à Reuters por e-mail, a organização afirma que “leva essas alegações a sério, enfatiza que elas permanecem sem comprovação e aguardará o resultado da investigação para comentar mais”. Não foram fornecidos detalhes sobre as alegações.
Um porta-voz da família Schwab negou todas as alegações da denúncia, informou o Wall Street Journal. O porta-voz também disse que Klaus Schwab pretende entrar com uma ação judicial contra quem quer que esteja por trás da carta anônima e “qualquer um que espalhe essas inverdades”.
A Reuters não conseguiu contato imediato com a família Schwab para obter comentários.
O encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, nos últimos anos, tem sido criticado tanto pela esquerda quanto pela direita por ser um espaço de debate elitista e distante da vida das pessoas comuns.
A reunião também tem enfrentado relatos negativos sobre sua cultura interna.
O Journal noticiou anteriormente que a diretoria do Fórum estava trabalhando com um escritório de advocacia para investigar a cultura organizacional do fórum, após o jornal ter relatado alegações de assédio e discriminação no local.
O Fórum Econômico Mundial negou essas alegações.