• Home
  • Agronegocios
  • CNA quer R$ 4 bi para Seguro Rural e funding em dólar no Plano Safra 25/26

CNA quer R$ 4 bi para Seguro Rural e funding em dólar no Plano Safra 25/26

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicita que o governo federal inclua no Plano Safra 2025/26 o aumento dos recursos destinados ao Seguro Rural e a eliminação de entraves regulatórios considerados excessivos pelo setor.

A proposta foi entregue nesta quinta-feira (24) pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, ao ministério da Agricultura e Pecuária.

Entre as prioridades da confederação está a aprovação de R$ 4 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

O setor justifica a solicitação mencionando as enchentes no Rio Grande do Sul, que causaram bilhões em perdas na safra e comprometeram a produção agrícola e pecuária da região.

“A ampliação e o fortalecimento dos instrumentos de mitigação de riscos devem ser prioridades. A ausência desses mecanismos compromete a renda do produtor, amplia a vulnerabilidade social no campo e enfraquece a segurança alimentar do país”, diz a CNA.

Outra reivindicação da CNA é a desburocratização dos procedimentos de concessão de crédito.

“A burocracia excessiva, os custos cartorários elevados, as dificuldades na regularização ambiental e fundiária e as exigências desproporcionais de conformidade têm afastado produtores das linhas oficiais de financiamento”, diz o documento enviado ao Mapa.

A CNA também defende a eliminação de entraves regulatórios que, segundo a confederação, extrapolam a legislação ambiental brasileira, dificultando o acesso ao crédito rural.

A confederação cita uma resolução publicada pelo Conselho Monetário Nacional em dezembro de 2024, como exemplo.

Embora tenha sido criada para atender às reivindicações do setor, a nova resolução manteve exigências consideradas pesadas, como as comprovações cumulativas, que afetam especialmente os pequenos produtores, segundo a CNA.Além disso, a resolução proibiu o uso de recursos controlados do crédito rural para financiar a supressão de vegetação nativa, mesmo quando essa prática é permitida pela legislação ambiental, segundo o documento.

Outra proposta para o Plano Safra é a criação de uma linha de financiamento rural em dólar.

A confederação entende que o cenário previsto para a safra atual é mais desafiador do que nos anos anteriores. Com a taxa de juros em patamar elevado, o que encarece o crédito rural, e diante de um contexto de incertezas geopolíticas, a CNA avalia que o setor deve enfrentar novas pressões.

A indexação ao dólar seria uma alternativa aos juros elevados, principalmente para produtores que atuam no mercado externo e têm receitas em dólar, como os de soja, milho, café e algodão.

A CNA defende que a linha de financiamento em dólar seja direcionada a produtores com contratos atrelados à moeda americana, use instrumentos de proteção como contratos futuros e que haja uma regulação do spread cobrado pelas instituições financeiras.

Veja a lista das 10 maiores prioridades:

  1. Aprovar o Projeto de Lei 2951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina, que busca modernizar o seguro rural, com a transferência dos recursos do PSR às Operações Oficiais de Crédito, operacionalização do Fundo Catástrofe e melhorias no ambiente de negócios da ferramenta.
  2. Garantir a aprovação de R$ 4 bilhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), sua total aplicação e a suplementação necessária para 2025.
  3. Disponibilizar R$ 594 bilhões em recursos financiáveis no PAP 2025/2026, sendo R$ 390 bilhões para custeio e comercialização, R$ 101 bilhões para investimentos e R$ 103 bilhões para agricultura familiar e empreendedores familiares. Mas, principalmente, que os recursos cheguem aos produtores rurais sem interrupções.
  4. Priorizar recursos para as finalidades de custeio e investimento nas linhas voltadas aos pequenos e médios produtores, bem como programas voltados a sanar gargalos do setor e aumentar o enfrentamento de adversidades climáticas, como Pronaf, Pronamp, programas para construção de armazéns (PCA), irrigação (Proirriga), inovações tecnológicas (Inovagro) e para Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (Renovagro).
  5. Melhorar o ambiente de negócios aos produtores rurais, eliminando burocracias no acesso ao crédito e fomentando a criação de novas fontes de recursos ao financiamento agropecuário, como o Mercado de Capitais.
  6. Promover modernizações no atual modelo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), garantindo eficiência orçamentária e proteção ao produtor rural.
  7. Alterar os limites da “Renda Bruta Agropecuária (RBA)” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Amparo ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
  8. Possibilitar o rebate de taxas ou aumento do limite financiável, para produtores que promoverem práticas socioambientais, utilizando de comprovações que não onerem a produção.
  9. Eliminar os entraves regulatórios criados por resoluções que vão além da legislação ambiental brasileira, garantindo o cumprimento eficaz da preservação ambiental.
  10. Coibir as práticas de venda casada e possibilitar a redução dos custos acessórios do crédito rural, sobretudo através de regulamentação e modernização do mercado registrador.

Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Bate-boca e choro marcam sabatina da CPI dos Transportes em Campo Grande

A segunda-feira de depoimentos na CPI do Transporte Público de Campo Grande foi marcada por…

Governador em exercício destaca força da brigada contra incêndios

Governador em exercício destaca força da brigada contra incêndios – CenárioMT …

Correspondentes bancários fazem manifestação na ALMT e defendem crédito para servidores

A Associação dos Correspondentes e Promotoras de Crédito do Estado de Mato Grosso realizou, na…