O senador colombiano Miguel Uribe, de 39 anos, foi baleado no fim da tarde desse sábado (7) durante um evento de campanha em um bairro popular da zona oeste de Bogotá. Pré-candidato à Presidência da Colômbia nas eleições de 2026, ele discursava diante de apoiadores quando foi alvo de disparos.
Segundo os paramédicos, Uribe foi atingido por três tiros: dois na cabeça e um no joelho. Ele foi levado em estado grave para a Fundação Santa Fé de Bogotá, onde passou por cirurgias neurológica e vascular.
De acordo com sua esposa, Maria Tarazona, o político está “lutando pela vida” e vive um momento crítico da recuperação.
Outros dois civis também foram baleados no ataque: um homem de 20 anos, ferido de raspão, que já recebeu alta, e uma mulher de 36, que sofreu uma lesão na perna e precisará de cirurgia.
Imagens do atentado circularam nas redes sociais e mostram o momento dos disparos. Em outro vídeo, Uribe aparece ensanguentado, deitado sobre um carro, sendo amparado por apoiadores que tentavam estancar o sangramento.
O presidente colombiano Gustavo Petro ordenou uma investigação para apurar quem ordenou o ataque. A hipótese de atentado político ganhou força entre aliados de Uribe. O Centro Democrático, partido do qual faz parte, afirmou que o senador foi atingido “pelas costas”. A legenda é liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe, um dos principais nomes da direita colombiana.
Personalidades conservadoras, como o ex-presidente Andrés Pastrana (1998–2002), responsabilizaram o atual governo pelo clima de polarização no país. Segundo eles, o presidente Petro estaria “semeando o ódio” e “incitando a violência” contra a oposição.
Quem é Miguel Uribe
Miguel Uribe é um dos principais nomes da oposição na Colômbia e crítico ferrenho do presidente Gustavo Petro. Em outubro de 2024, anunciou sua pré-candidatura à Presidência, no pleito que definirá o sucessor de Petro.
Ele vem de uma tradicional família da política colombiana. É neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada em 1990 por ordem de Pablo Escobar e assassinada no ano seguinte.
Antes de chegar ao Senado, foi secretário de governo de Bogotá e vereador da cidade. Em 2019, disputou a prefeitura da capital, mas não foi eleito.
