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Prefeito de Cuiabá acusa fornecedores de remédios de chantagem

O prefeito de Cuiabá, Abilio Júnior (PL), afirmou que a gestão já adquiriu os medicamentos necessários para abastecer a rede pública, mas que enfrenta problemas logísticos para distribuí-los às unidades de saúde.

A justificativa ocorre em meio a um relatório do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), que apontou falhas no fornecimento, irregularidades na distribuição e o descarte de mais de 1 milhão de comprimidos de Enalapril, mesmo com demanda ativa na rede municipal.

Prefeito de Cuiabá acusa fornecedores de remédios de chantagem. Imagem ilustrativa. (Foto: Nathalia Okde)

De acordo com Abilio, a Prefeitura enfrenta dificuldades tanto na entrega dos medicamentos quanto no relacionamento com fornecedores. Ele afirma que as empresas fornecedores de medicamentos para a Capital estão chantageanndo a gestão municipal.

O liberal diz que elas estão atrasando a entrega de novos lotes de remédios como forma de pressionar o Prefeitura a pagar dívidas pendentes, de gestões anteriores.

“Os medicamentos que estão em falta, a gente já comprou. O problema é que a indústria e as empresas não estão entregando. Muitas delas estão chantageando que a gente pague dívidas do passado para poder liberar novos produtos”, declarou.

O prefeito também citou entraves na logística da distribuição: “A logística não depende só de motociclistas. Estamos estruturando novos contratos de entrega, mas a burocracia atrasa”.

O levantamento do Ministério Público, divulgado na terça-feira (17), mostrou que 39 dos 153 medicamentos padronizados pela Remume (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) estavam em falta no final de maio, o equivalente a 25% da lista.

Entre os remédios ausentes estavam itens básicos como Dipirona, Amoxicilina, Metformina, Sulfato Ferroso, além de psicotrópicos e medicamentos usados no controle da hipertensão.

O relatório identificou ainda a ausência de estrutura logística adequada: faltam motoboys e veículos para o transporte, o que obriga servidores das unidades a se deslocarem até o Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC) para buscar os produtos.

Outro ponto crítico do documento foi o desperdício de mais de 1 milhão de comprimidos de Enalapril, amplamente usado no controle da pressão arterial. Segundo o MPE, os remédios perderam a validade apesar dos pedidos feitos pelas unidades de saúde.

Em nota, a Prefeitura informou que herdou falhas da administração anterior e que parte dos fornecedores se recusa a entregar os medicamentos devido a dívidas antigas.

A gestão afirma ter realizado uma compra emergencial de R$ 1,5 milhão, cujos produtos começaram a chegar nesta semana, além de conduzir um pregão herdado da gestão passada e uma nova licitação, que deve regularizar o abastecimento nos próximos dois meses.

Sobre o descarte do Enalapril, a prefeitura alegou que a compra feita anteriormente superestimou a capacidade de consumo da rede e que, mesmo com a intensificação da distribuição, parte do estoque venceu antes de ser utilizado.

Em meio ao cenário de falta de medicamentos básicos, Abilio defende um projeto para ofertar gratuitamente o Monjaro (tirzepatida) pelo SUS, com recursos próprios e de emendas parlamentares. O prefeito explica que se trata de uma medida de longo prazo e que não interfere na solução imediata dos problemas da rede pública.

O Ministério Público cobrou providências urgentes da gestão e alertou que poderá adotar medidas judiciais para assegurar o fornecimento adequado dos medicamentos essenciais à população.

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