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Em casa, secretário de MS lembra dias sob ataque na guerra de Israel

Após sete dias de medo e incerteza em Tel Aviv, cidade israelense bombardeada em meio à guerra, Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, respira aliviado em casa.

Comitiva que estava em viagem a Israel. (Foto: Arquivo Pessoal)

Senna e outros dois representantes do Estado — a secretária-adjunta de Saúde de MS, Crhistinne Maymone, e Marcos Espíndola, coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde — chegaram a Campo Grande nesta sexta-feira (20).

O grupo foi convidado pelo governo israelense para discutir parcerias nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, mas foi pego de surpresa quando o Irã atacou o país com mísseis. Agora em segurança, Ricardo Senna relembra os momentos de tensão vividos pela comitiva enquanto esteve em Israel.

“Era de madrugada quando soaram os primeiros alarmes para que a gente pudesse buscar um abrigo. Naquele momento, obviamente, a gente não tinha ideia, não esperava e não sabia o que estava acontecendo. Todos nós ficamos muito assustados, primeiro porque a gente não esperava que um ataque dessa forma, uma guerra da forma como está acontecendo, pudesse, enfim, nos atingir ali durante aquela missão.”

Ricardo Senna.

comitiva
Da esquerda para direita, Marcos Espíndola, Crhistinne Maymone e Ricardo Senna. (Foto: SAD/Wagner Guimarães/Instagram)

Segundo o secretário, a cada novo alerta a comitiva se abrigava em um bunker localizado no próprio hotel onde estavam hospedados. Com o espaço aéreo fechado, os integrantes tiveram que aguardar uma saída segura, enfrentando a apreensão de estar no meio do conflito.

“Foi muito apreensivo, primeiro para a gente poder definir qual era o melhor momento, e se a gente podia sair dali. Havia muitas dúvidas — alguns defendiam que a gente saísse por terra, outros defendiam que a gente permanecesse.”

Ricardo Senna.

Os secretários e o coordenador de TI da Secretaria de Saúde aguardaram por uma semana a liberação das Forças de Defesa de Israel. A comitiva cruzou a fronteira com a Jordânia por terra e, de lá, embarcou de volta ao Brasil. Mesmo no retorno, o clima era de tensão.

“Foi um trajeto tenso, porque nós estávamos vulneráveis. Como os ataques não aconteciam tanto durante o dia, a gente esperava que não houvesse nenhum naquele momento. Porque, se houvesse algum ataque ou se algum míssil fosse interceptado, o perigo seriam os estilhaços. A orientação era: parar o ônibus, descer, se afastar dele, deitar, cobrir a cabeça e esperar o perigo passar. Então, a gente obviamente memorizou aquilo, mas torcendo, rezando para que não acontecesse. Foi uma hora e vinte até o processo de cruzar a fronteira.”

Ricardo Senna.

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Tel Aviv, cidade israelense atacada pelo Irã. (Foto: Arquivo Pessoal)

Os servidores de Mato Grosso do Sul integravam uma comitiva que, ao todo, contava com 28 integrantes. Segundo Ricardo, o grupo não foi informado pelo governo federal sobre o alerta que desaconselhava viagens a Israel.

“Nós começamos a fazer essa articulação em fevereiro, e nossos passaportes foram passaportes oficiais emitidos pelo próprio Itamaraty. Eu, pelo menos, em nenhum momento recebi uma notificação ou nota dizendo: ‘olha, não recomendamos viajar para lá’. Então, viajamos sem esse conhecimento. Era importante que soubéssemos. E nós não soubemos. Foi uma falha de comunicação — mas isso já passou.”

Ricardo Senna.

O conflito entre Israel e Irã entrou neste sábado (21) no nono dia. A escalada dos ataques começou na sexta-feira, 13, e já deixou mais de 240 mortos e milhares de feridos, segundo balanços oficiais. Órgãos independentes afirmam que o número real pode ser ainda maior.

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