Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os senadores mato-grossenses Wellington Fagundes (PL), Margareth Buzetti (PSD) e Jayme Campos (União Brasil) assinaram o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Fagundes, do mesmo partido de Bolsonaro, foi o primeiro dos mato-grossenses a aderir ao movimento, que já vinha apoiando publicamente. Em suas redes sociais, o senador criticou duramente o que classificou como perseguição a quem tem posicionamentos divergentes. “Querem calar, intimidar e isolar quem ousa pensar diferente”, afirmou. Ele reforçou ainda seu apoio a Bolsonaro, a quem chamou de “o maior líder deste país”.
Margareth Buzetti, por sua vez, justificou sua assinatura com o argumento de que “paciência tem limite” e afirmou que ninguém está acima da lei, nem mesmo um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Jayme Campos declarou que sua decisão foi tomada “de forma consciente e responsável”, e que Moraes teria “ultrapassado os limites constitucionais e democráticos”, especialmente em relação às medidas adotadas contra o ex-presidente. “Minha posição é clara: estou e sempre estarei ao lado do povo brasileiro”, disse o senador.
A movimentação no Senado reflete o aumento da pressão da oposição, que acusa o STF de protagonizar uma “escalada autoritária” no país. Já são cerca de 30 pedidos de impeachment contra Moraes protocolados na Casa, e os parlamentares cobram uma postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), para dar andamento às ações.
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