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quando a política lá fora bate na sua mesa aqui no Brasil

Se você acha que decisões políticas nos Estados Unidos não têm nada a ver com a sua vida, prepare-se para repensar. A partir da última quarta-feira (06), os produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano, como café, carne bovina e pescados, passam a pagar uma tarifa de 50% para entrar em território americano. É como se, de um dia para o outro, colocassem um pedágio caríssimo na porta de entrada dos EUA para as mercadorias brasileiras.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Ministério da Agricultura, os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro, atrás apenas da China e da União Europeia. Em valores, estamos falando de um prejuízo potencial de até US$ 5,8 bilhões. Parece distante? Pois não é. Vamos entender por quê.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. (Foto: reprodução)

O impacto no agro e no seu bolso

O café, por exemplo, é o produto brasileiro mais vendido para os EUA, que são o maior consumidor mundial dessa bebida. Só que eles produzem praticamente nada de café por lá: 99% do que consomem é importado, e cerca de 30% vêm do Brasil. Com a nova tarifa, exportar café para os americanos fica mais caro e esse custo tende a ser repassado ao consumidor, seja lá ou aqui.

O mesmo vale para a carne bovina. O Brasil é um dos principais fornecedores para a indústria americana, aquela que transforma a carne em hambúrguer, almôndega ou outros processados. Se vendermos menos para os EUA, sobra mais carne no mercado interno, o que poderia até aliviar os preços aqui. Mas, na prática, o setor vai tentar compensar as perdas buscando outros mercados, e isso mantém os preços pressionados.

E não é só comida: pescados, mel e frutas como a manga também estão na lista e devem sentir o baque.

O efeito dominó no dia a dia

Quando um setor exportador perde receita, isso afeta empregos, investimentos e arrecadação de impostos no Brasil. E, em uma economia já apertada, menos dinheiro circulando significa menor consumo, e menor consumo afeta negócios de todos os tamanhos. É o famoso efeito dominó: o impacto começa no campo e termina na cidade, na sua compra no supermercado ou no prato do restaurante.

Além disso, mesmo que a tarifa seja uma medida contra o Brasil, ela também dói no bolso do consumidor americano. No caso da carne, os EUA já enfrentam inflação alta porque o rebanho nacional está no menor nível histórico. Resultado: hambúrguer mais caro para eles e, possivelmente, ajustes no mercado global que voltam a nos atingir.

O que aprender com isso?

O “tarifaço” de Trump é mais um exemplo de como decisões políticas e comerciais entre países podem atravessar oceanos e chegar até o seu carrinho de compras. É por isso que acompanhar a economia não é só coisa de quem trabalha no mercado financeiro, é uma forma de entender e se preparar para mudanças que podem mexer com o seu custo de vida.

Em um cenário de incerteza externa, como este, vale reforçar o planejamento financeiro e manter uma reserva para lidar com possíveis aumentos de preços, seja no café da manhã ou no churrasco do fim de semana.

E, não menos importante, a melhor defesa é a informação. Acompanhar essas notícias não é apenas para curiosos, mas uma ferramenta para se antecipar a possíveis aumentos de preços. É a sua melhor forma de proteger e blindar sua vida financeira e a da sua família.

  1. Como a tarifa de 50% dos EUA pode apertar seu orçamento? O que fazer agora?

  2. IOF voltou com tudo — e quem paga a conta é você

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