O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que uma aliança com o MDB em Mato Grosso para as eleições de 2026 é “uma possibilidade muito concreta”. A declaração foi feita durante o episódio de estreia do Podcast Política de Primeira, do portal Primeira Página.
O parlamentar citou a deputada estadual Janaina Riva, cotada para disputar o Senado ou até o governo e que deve assumir a presidência do MDB no estado. Janaina é casada com o empresário Diógenes Fagundes, filho do senador. Apesar do parentesco, Wellington afirma que a relação política é independente da familiar.
Janaiva Riva é nora do senador Wellington Fagundes – Foto: Assessoria-ALMT
“No início eu até tinha essa preocupação, mas tem um detalhe: a Janaina não teve nenhuma influência política minha. Ela tem uma história própria, conquistada. É a única deputada na Assembleia Legislativa e a mais votada da história da Casa. Eu também tenho uma vida política própria há muito tempo. Depois aconteceu o casamento dela com meu filho, que me deu muita felicidade, mas politicamente a Janaina tem liberdade total. Ela nunca dependeu de mim”, afirmou.
Fagundes lembrou que, nacionalmente, PL e MDB já têm histórico de alianças. “Em São Paulo, por exemplo, temos uma coligação consolidada, governando a maior cidade da América Latina. O PL e o MDB têm autorização para conversar em todos os estados brasileiros”, disse.
O senador também ressaltou que, mesmo diante de possíveis disputas, mantém diálogo aberto com diferentes forças políticas. “Nunca fui um homem de radicalismo. Podemos conversar até as eleições e buscar o melhor caminho para Mato Grosso. Não pode ser um caminho só pessoal, nunca”.
Candidatura ao governo
No mesmo episódio, Fagundes confirmou que disputará o governo de Mato Grosso nas eleições de 2026. Segundo o parlamentar, a decisão foi oficializada pelo diretório nacional do PL há cerca de duas semanas.
“Há 15 dias, eu já tive autorização do meu partido para me colocar como pré-candidato. Então, oficialmente, hoje eu sou um pré-candidato autorizado pelo partido”, afirmou.
Ele destacou que, a partir de agora, o desafio será consolidar o apoio interno e costurar alianças para a disputa.
“Daqui até as convenções, exige-se um trabalho muito grande de quem pretende ser candidato, principalmente numa eleição majoritária como a de governador. É preciso capacidade de agregar, primeiro dentro do partido e, depois, nas possibilidades de coligações”, completou.
Otaviano Pivetta deve ser candidato com o apoio do governador Mauro Mendes – Foto: Secom-MT
Ao ser questionado sobre a posição já declarada do governador Mauro Mendes (União Brasil), que apoia o vice Otaviano Pivetta para a sucessão, Fagundes afirmou que não vê obstáculos para conversas.
“Eu sou um homem de estender as mãos, de buscar, acima de tudo, convergir um trabalho para a sociedade mato-grossense e brasileira. Nunca fui um homem de radicalismo. Podemos conversar até as eleições e buscar o melhor caminho para Mato Grosso. Não pode ser um caminho só pessoal, nunca”, disse.
O senador também defendeu investimentos em infraestrutura e logística, ressaltando a necessidade de ampliar e modernizar os portos para garantir competitividade às exportações de Mato Grosso no mercado internacional.
A pré-candidatura de Wellington Fagundes marca a quarta tentativa de disputar o Palácio Paiaguás. Ele já concorreu ao cargo em 2002, 2006 e 2014.