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Mendes compara pacote federal contra tarifaço a tratamento de câncer com dipirona

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou as medidas anunciadas pelo governo federal para reduzir os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, classificando-as como “paliativas”.

Segundo ele, o pacote de R$ 30 bilhões lançado nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode oferecer um alívio inicial às empresas, mas está longe de resolver o problema de forma definitiva.

Mendes diz que pacote contra tarifaço é como tratar câncer com dipirona. (Foto: Secom-MT)

“É como você ter um câncer e começar a tomar dipirona, neosaldina ou algum chá. Ajuda a aliviar no primeiro momento, mas não resolve o problema”, comparou Mendes nesta quinta-feira (14).

Ele alertou que, sem soluções estruturais, a situação tende a piorar, especialmente se a crise diplomática com os norte-americanos se intensificar. “Se essa crise aumentar, vai ser muito ruim para o país. A medida mais correta é insistir no diálogo. Não adianta se ausentar do problema ou ficar apenas com paliativos”, afirmou.

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O pacote do governo federal prevê, entre outras ações, a liberação emergencial de crédito com juros reduzidos, ampliação do programa Reintegra, prorrogação do regime de drawback e diferimento do pagamento de impostos federais por dois meses para empresas exportadoras.

Também inclui facilitação de compras públicas de produtos que deixaram de ser exportados, com prioridade para itens alimentícios, além de aportes bilionários a fundos garantidores e criação de uma câmara para monitorar a preservação de empregos.

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Para Mendes, o adiamento dos tributos é apenas um fôlego momentâneo. “Daqui a dois meses, elas vão ter que pagar. E se não conseguirem exportar ou encontrar alternativas, a situação pode se agravar ainda mais”, advertiu.

Leia mais: “Misturar política com economia é um erro grave”, diz Mendes sobre tarifaço

Apesar das críticas, o governador disse reconhecer o esforço de Brasília, mas defendeu uma postura mais ativa. “Eu louvo qualquer medida emergencial, mas a melhor decisão que o governo pode tomar agora é se apresentar, liderar e buscar uma solução real, dialogando de forma responsável para evitar que essa escalada continue”, concluiu.

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