O ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, Zé Dirceu (PT), falou, durante entrevista ao podcast Política de Primeira, sobre os possíveis adversários de Lula nas eleições de 2026. Ele destaca o ex-presidente Jair Bolsonaro, por estar inelegível.
“O presidente Lula é candidato à reeleição. Ele já é candidato. A oposição não tem candidato ainda, porque o Bolsonaro é candidato, mas está inelegível”.
Zé Dirceu então destaca os nomes dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possíveis concorrentes de Lula.
“Mas nós temos uma aliança. A nossa aliança é PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede, PDT, PSB e Cidadania. E temos grande apoio dentro do MDB. E quase seis ou oito estados dentro do PSD. Então, nós temos uma colisão política”.
Além desses nomes, ele ainda indica Michelle e Flávio Bolsonaro como possíveis candidatos pelo PL (Partido Liberal).
“Qualquer candidato pode chegar… Você vê, quando colocam o nome do Ratinho no segundo turno, ele faz 40%, porque o eleitorado abandona o candidato apoiado pelo Bolsonaro, que pode ser a Michelle Bolsonaro ou o Flávio Bolsonaro, porque o Eduardo Bolsonaro vai estar inelegível.”
Zé Dirceu ainda analisa as possibilidades de chegar no segundo turno dos outros candidatos.
“O candidato mais competitivo depois é o Tarciso por causa da base eleitoral de São Paulo. São Paulo tem 32 milhões de eleitores, vamos pôr, 24 milhões de votos válidos. Agora, ele já tem um problema, que o Alckmin já empata com ele em São Paulo no segundo turno e que o Haddad também é um candidato forte em São Paulo. Segundo, se o Bolsonaro não apoiá-lo, lançar alguém da família com o Bolsonaro 22 na urna eletrônica já é um problema para ele. Ele tem que tomar essa decisão agora”.
“No caso do Caiado e de Zema, não vejo que eles tenham base partidária, eleitoral, apoio na opinião pública para disputar. O Ratinho Jr. é um caso à parte, porque ele virá pelo PSD, se o Tarcísio não for, e for um candidato à família Bolsonaro, ele pode ser uma opção para o eleitorado conservador, porque assim, 35% vai votar em alguém da direita. E 35% vai votar em alguém da esquerda ou da centro-esquerda ou progressista. Isso está definido”.
Confira episódio completo do podcast Política de Primeira:
