Em entrevista ao Podcast Política de Primeira, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou que caberá a Jair Bolsonaro escolher o candidato do partido à presidência em 2026, caso a inelegibilidade do ex-chefe do Executivo seja confirmada. O ex-presidente foi declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por abuso de poder político e econômico.
Para Valdemar, Bolsonaro mantém a liderança incontestável dentro do partido e exemplificou também a situação de Lula.
“Em 2018, o Lula definiu o Haddad como candidato às vésperas, ele estava preso, em junho. Eu acho que isso vai ser depois do julgamento, final da decisão final do Bolsonaro. Pode ser que o Bolsonaro se manifeste, ou só no ano que vem. Ele tem tempo para isso. Mas é ele que vai decidir. Quem é o candidato a presidente e quem é o candidato a vice. Sabe por que ele quem vai decidir? Porque ele é o dono dos votos. É ele que tem voto. Então a prerrogativa é dele”, declarou.
“Ainda há esperança”
Apesar da condenação que o tornou inelegível, Valdemar disse que ainda mantém expectativa de ver Bolsonaro novamente candidato, citando a trajetória de Lula, que chegou a ser preso e depois voltou à Presidência. “Tem esperança. Quando Lula estava preso e você achou que ele ia ser candidato a presidente? ninguém no Brasil pensava isso. Foi candidato e ele ganhou”, disse.
Possíveis nomes
Sem se antecipar sobre quem poderá ser o escolhido, o presidente do PL citou nomes que considera ter potencial eleitoral. Entre eles, estão governadores aliados como Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). Ele também mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e a senadora de MS, Tereza Cristina (PP).
Dentro da própria família Bolsonaro, Valdemar apontou que Eduardo, Flávio e até a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro podem estar entre as alternativas.
“Temos quem tem potencial. O Ratinho tem uma aprovação bárbara no Paraná. O Zema tem uma aprovação boa em Minas Gerais, o Caiado tem uma aprovação bárbara em Goiás. Você tem os filhos do Bolsonaro, o Eduardo, o Flávio, e tem a Michele. Tem essas opções. Na minha opinião vai rodar por aí”, disse.