O grupo criminoso que se autointitula “Tropa de Cuiabá”, investigado por um golpe de aproximadamente R$ 250 mil contra uma agência de cooperativa de Campo Grande (MS), é o mesmo responsável pelo desvio de mais de R$ 1 milhão de jogadores de futebol da Série A, como Gabigol e Walter Kannemann, segundo a Polícia Civil.
As investigações apontaram que o grupo é ligado a uma facção criminosa responsável por crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Em junho deste ano, os suspeitos foram alvo da Operação Falso 9, que investigou desvios milionários de atletas e instituições financeiras em diversos estados do país, a partir de documentos falsos e contas fraudulentas.
Na época, foram expedidos 33 mandados judiciais em Almirante Tamandaré (PR), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO), além de Cuiabá (MT), onde um dos investigados, de 28 anos, foi preso com uma caixa recheada com R$ 700 mil em espécie.
Já nesta sexta-feira (26), durante a Operação Euterpe, foram cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão, em Cuiabá e Várzea Grande.
Funk para divulgação de crimes
Segundo a Polícia Civil, foi constatado que os suspeitos patrocinam músicas de funk para divulgar os crimes e ostentar o lucro, além de, possivelmente, atrair novos integrantes para a associação criminosa.
O nome da operação faz referência direta à Euterpe, deusa da música na mitologia grega. Conforme a polícia, os suspeitos mencionavam crimes específicos e o modus operandi nas letras das músicas.
A ação foi realizada em conjunto entre as Polícias Civis de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos.
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