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“vontade do Hugo Motta é que pena recaia só sobre mim”

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) comentou, durante o podcast Política de Primeira, os processos disciplinares contra ele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Uma das representações pede a suspensão do mandato por um mês, junto com Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), por obstruir a cadeira do presidente e do vice-presidente durante a ocupação da Mesa Diretora, em agosto. A outra pede a suspensão de Pollon por 90 dias em razão de declarações ofensivas contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Qual é a notícia que a gente tem de bastidor? Isso eu não falei em lugar nenhum, vai ser a primeira vez que eu vou falar. Que a vontade do Hugo Motta é que a pena recaia exclusivamente sobre mim, só que que ia pegar muito mal colocar só eu na pena. Então ele aproveitou o pacote e arrumou uma desculpa para pôr o Zé Trovão e o Marcel, mas ia ser só eu. E não é pela obstrução ali, é por conta do discurso. E mais que isso: zum-zum-zum que a gente escuta, e eu não vou legitimar isso aí porque eu acho que seria muita pretensão e acho que está errado, é que o que desencadeou aquele nível de obstrução foi o peso do discurso que foi feito aqui. Eu não acredito que foi o meu discurso que desencadeou, de maneira nenhuma, mas infelizmente algum psicopata acredita. E eu não vou ficar surpreso se, no final desse jogo todo, o único punido for eu”, afirmou Pollon.

Montagem mostra deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) (Foto: Marcus Vinnicius e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

“Qual é a minha expectativa em relação à punição? Deus é que sabe. Quem me instituiu de autoridade foi Nosso Senhor, quem vai tirar é Nosso Senhor. Não dá pra matar quem já morreu. Minha função é combater o bom combate. Eu vou continuar combatendo. E quando eu chegar no Conselho de Ética, meu discurso vai ser exatamente esse. Eu não vou me acovardar e falar: ‘olha, desculpa, foi mal e não sei o que’. Não, eu tenho um mandato que é marcado pela cortesia e o decoro. Sempre fui colaborativo e respeitoso com todo mundo. Agora, paciência tem limite. O que estão fazendo que essas pessoas inocentes é um absurdo, que estão fazendo com o Bolsonaro é um absurdo. Então, eu tenho total consciência do que eu fiz, porque eu fiz. E não só, se eu soubesse o desfecho e passasse por isso, faria de novo. Se eu soubesse o desfecho, eu não teria saído [da Mesa Diretora]. Ah, mas iam te cassar. Eles podem me cassar, pode fazer o que quiser. Mas amanhã de manhã, meu amigo, a hora que eu terminar de escovar o dente, eu vou olhar no espelho e vou ver um homem, não vou ver um covarde.”

  1. Marcos Pollon reage a processo e defende: “Exercício legítimo do mandato parlamentar”

Os processos no Conselho de Ética foram abertos, na última terça-feira (7), a pedido da Mesa Diretora da Câmara. Depois da designação dos relatores, haverá parecer preliminar, que poderá ser pelo prosseguimento ou arquivamento do caso. Se o processo seguir, depois de várias etapas, haverá espaço para defesa do parlamentar.

Em discurso durante ato no dia 3 de agosto, em Campo Grande, Marcos Pollon declarou que a anistia estava na conta de Hugo Motta. “Mas nós não temos coragem de enfrentar o b… do Hugo Motta, um baixinho de 1 metro e 60”.

No parecer encaminhado ao Conselho de Ética, o corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA) pontuou que “ao atingir diretamente a figura do presidente da Câmara dos Deputados, o Requerido não se limitou a um dissenso próprio do embate democrático, mas rompeu a barreira que separa a crítica legítima da ofensa intolerável. A agressão verbal dirigida à autoridade máxima desta Casa não constitui mero ataque pessoal, mas afronta que reverbera institucionalmente, pois macula a dignidade do cargo e fere a espinha dorsal da representação popular.”

Ao podcast Política de Primeira, Marcos Pollon afirmou que o que fez é legítimo e constitucional.

“A atribuição principal do parlamentar é parlar, que significa falar, denunciar. Por isso chama Parlamento, é o lugar de você falar. Eu fiz um discurso aqui em Campo Grande cobrando a responsabilidade constitucional do Hugo Motta de pautar a anistia, sendo que ele se comprometeu fazer isso desde a sua campanha. Por conta desse discurso aqui, onde eu cobro essa responsabilidade, ele, diferente de mim que entende que todos esses acontecimentos são da política e não levo pro coração, ele ficou pessoalmente incomodado, ele levou pro pessoal. Então, por conta desse discurso, ele quer me atribuir três meses de suspensão. Dois processos que estão tramitando em conjunto, justamente para dificultar minha defesa, para vir mais pesada ainda. E aí eu fiz esse discurso, que é garantido pelo artigo 53 da Constituição Federal. Existe um negócio que é imunidade formal, quer dizer assim, não pode processar. E existe um negócio que é imunidade material, não existe crime. Não existe crime de fala de deputado no Brasil. O deputado pode falar o que ele quiser, por mais absurdo que seja, ele está representando uma fatia da população. Então não é crime, não pode ser crime”, justificou Pollon.

Ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no início de agosto (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no início de agosto (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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