• Home
  • Política
  • Obras do BRT voltam a atrasar e secretário cita entraves ambientais e logísticos

Obras do BRT voltam a atrasar e secretário cita entraves ambientais e logísticos

O secretário de Infraestrutura de Cuiabá, Marcelo de Oliveira, participou nesta segunda-feira (20) de uma nova audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para prestar esclarecimentos sobre os atrasos nas obras do BRT (Bus Rapid Transit) que ligará Cuiabá a Várzea Grande. Durante a reunião, deputados estaduais voltaram a cobrar transparência, prazos e soluções para os constantes entraves do projeto, orçado em 468 milhões de reais.

Marcelo reconheceu que o andamento das obras está sendo afetado por uma série de fatores, entre eles dificuldades na obtenção de licenças ambientais, falta de mão de obra especializada e problemas logísticos. Ele citou como exemplo a situação dos caminhões de concreto, que chegam a levar até 40 minutos para alcançar determinados trechos do canteiro de obras.

Reunião sobre atrasos na implantação do BRT. (Foto: Angelo Varela/ALMT)

“Temos enfrentado desafios de ordem ambiental, técnica e até de mobilidade no transporte dos materiais. Há locais em que o concreto demora muito a chegar, o que compromete o cronograma”, afirmou o secretário durante a audiência.

Atualmente, o trecho do BRT em Várzea Grande é o mais adiantado, restando a finalização de terminais e estações. Já em Cuiabá, os atrasos são mais evidentes: há diversos pontos em obras, especialmente entre a Secretaria Estadual de Fazenda e a Defensoria Pública, além do trecho que vai do Conselho Regional de Arquitetura até a ponte Júlio Müller, que liga as duas cidades.

A previsão mais recente da Secretaria é de que esse corredor principal seja concluído até fevereiro de 2026. No entanto, novos serviços de drenagem previstos para as regiões da Prainha e do camelódromo podem impactar novamente os prazos.

Outro ponto destacado por Marcelo de Oliveira é o início de um novo trecho na avenida Fernando Corrêa da Costa, que seguirá até o terminal do Coxipó. Segundo ele, a licitação para essa etapa deve ser aberta nos próximos 45 dias.

Desde que o contrato com o Consórcio BRT foi rescindido no início de 2025, a execução do projeto passou a ser dividida em lotes. O primeiro, que abrange o trecho entre o CPA e Várzea Grande, ficou sob responsabilidade do Consórcio Integra BRT. Os demais lotes, que incluem os terminais, o corredor da Fernando Corrêa, o sistema de inteligência e a sinalização, ainda estão em fase de planejamento e licitação.

Obras do BRT em Cuiabá. (Foto: Reprodução)
Secretário afirmou que as obras não devem ser concluídas no tempo previsto.
(Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT)

Os deputados estaduais Júlio Campos (União Brasil) e Lúdio Cabral (PT) participaram da audiência e expressaram preocupação com o ritmo da obra. Campos afirmou que algumas dúvidas foram esclarecidas, mas reforçou a necessidade de maior clareza nos cronogramas. Já Lúdio foi mais duro nas críticas e disse que a condução do projeto reflete falta de planejamento e sucessivos erros de gestão.

“Os problemas que acontecem na execução da obra do BRT são um sinal de falta de planejamento. Não é nem mais uma novela, é uma série de várias temporadas. Era BRT, virou VLT, voltou a ser BRT, todos os prazos estourados, e eu, sinceramente, quero que o transtorno que a população sofre hoje acabe com a conclusão desse trecho. Qualquer debate sobre um novo modal revela novamente falta de planejamento. O principal agora é focar na conclusão daquilo que está sendo realizado para depois, eventualmente, se debater mudança de modal ou qualquer coisa nesse sentido”, criticou Lúdio Cabral.

Durante a audiência, Marcelo de Oliveira também foi questionado sobre o Portão do Inferno, trecho da MT-251 entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães que está interditado desde o início do ano devido ao risco de desabamento. Ele confirmou que o governo estadual pretende construir um túnel para garantir a reabertura da via, mas afirmou que ainda não há definição sobre o início das obras, pois será contratada uma empresa especializada em escavações e contenção, em razão das condições arenosas e instáveis do terreno.

As obras do BRT foram licitadas em 2022, com o objetivo de substituir o antigo projeto do VLT. Desde então, mudanças contratuais, falhas de execução e entraves técnicos têm dificultado o andamento do empreendimento. A promessa do governo é que, quando concluído, o sistema traga maior fluidez ao trânsito entre Cuiabá e Várzea Grande, integrando corredores exclusivos, terminais e estações modernas.

  1. Mutirão fiscal: oradores de Várzea Grande podem negociar dívidas com até 99% de desconto

  2. VÍDEO: carro desgovernado invade sorveteria e atinge até carro da polícia em Cuiabá

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Mutirão Fiscal 2025 de Várzea Grande disponibiliza canais de atendimento online e presencial

Mutirão Fiscal 2025 de Várzea Grande disponibiliza canais de atendimento online e presencial – CenárioMT…

Prefeitura realiza mais uma etapa de cirurgias ortopédicas, no último final de semana, em Barra do Garças

Prefeitura realiza mais uma etapa de cirurgias ortopédicas, no último final de semana, em Barra…

Zeca do PT fala de Lula, Simone Tebet, Fábio Trad e Eleições 2026 – Política de Primeira – Entrevista completa

O ex-governador e deputado estadual Zeca do PT é o convidado deste episódio do podcast…