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Senado instala CPI do Crime Organizado após operação letal no Rio de Janeiro

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será oficialmente instalada na próxima terça-feira (4). A decisão foi tomada em acordo com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento que deu origem à investigação.

De acordo com Alcolumbre, a CPI terá como objetivo investigar a estrutura, expansão e o funcionamento das organizações criminosas, com foco na atuação de milícias e facções em todo o país. O senador destacou, em suas redes sociais, que é momento de “enfrentar esses grupos com a união das instituições do Estado brasileiro”, garantindo proteção à população diante do aumento da violência.

O senador Alessandro Vieira propôs a CPI. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

A iniciativa surge poucos dias após uma megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que deixou mas de 100 mortos e mais de 100 prisões. A ação, conduzida pelas polícias Civil e Militar, reacendeu o debate sobre os limites da segurança pública e o combate às facções criminosas no país.

Divisão política no Senado

A instalação da CPI ocorre em meio a uma forte polarização política em torno da PEC da Segurança Pública (PEC 18/2025), que tramita no Congresso e propõe ampliar o papel da União na coordenação das forças policiais.

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), criticou o governo federal por, segundo ele, não ter colaborado com o Rio de Janeiro durante a operação. Para Marinho, a proposta em discussão no Congresso “não resolve o problema” e daria ao governo federal um “domínio político sobre a segurança pública”.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) reforçou as críticas, dizendo que o país sofre com a ausência de uma política de Estado para segurança pública e alertou que o texto da PEC “cria uma polícia do governo”.

Na outra ponta, senadores da base governista defenderam a proposta como essencial para fortalecer a integração entre os entes federativos. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) classificou a operação no Rio como “a mais letal da história” e disse que o episódio reforça a urgência da aprovação da PEC da Segurança.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também se manifestou, afirmando que a população do Rio “não pode ser refém de um terror que se disfarça de combate ao crime”. Segundo ele, o governo estadual “falha ao se esconder em discursos políticos enquanto a segurança colapsa”.

Próximos passos

A CPI do Crime Organizado será composta por senadores de diferentes bancadas, com poder para convocar autoridades, requisitar documentos e acompanhar investigações em curso. A expectativa é que os trabalhos sejam iniciados ainda em dezembro, com foco em mapear as conexões entre o crime organizado, milícias e estruturas estatais.

A instalação da comissão ocorre em um momento de intensa pressão social e política, em que o Senado busca se posicionar diante do aumento da violência e das críticas sobre a condução da segurança pública no país.

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