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Produção de cannabis deve vir acompanhada da pauta ESG, diz Embrapa

Beatriz Marti Emygdio possui formação em Ciências Biológicas, com mestrado e doutorado em estudos de genética relacionadas a plantas e sementes. Pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde 2001, sua expertise inclui a coordenação e o desenvolvimento de projetos de PDI em fitomelhoramento, agroenergia e sistemas de produção. Desde a década de 1990 é uma das pioneiras na defesa da cannabis no Brasil, participando da definição de linhas de pesquisa e na estruturação do Programa de Pesquisa com Cannabis da Embrapa. 

 

Com sua autoridade no tema, ela lembra que muito se fala sobre a importância da regulamentação da cannabis no Brasil, mas isso deve andar de mãos dadas com uma pauta que ainda é pouco relacionada com a cultura deste produto: o ESG.  

 

“É urgente que o país estabeleça um conjunto de regras específico para pesquisa, porque isso impacta diretamente o avanço da ciência e a inovação nacional. Existe uma grande expectativa de que o processo inclua pequenos agricultores e comunidades tradicionais, garantindo inclusão produtiva. Ao mesmo tempo, é preciso atenção à sustentabilidade, como impactos no solo, uso da água, descarte de resíduos. Tudo isso depende do modelo de cultivo que será permitido”, disse a pesquisadora que ainda é presidente do Comitê Permanente de Assessoramento Estratégico em Cannabis (CPCAN), por meio do qual assessora a Diretoria-Executiva da Embrapa em todas as iniciativas relacionadas ao tema.

 

Beatrizou marcou presença no Cannabis Connection 2025, que aconteceu esta semana em São Paulo, e reuniu um grande lineup de especialistas, pesquisadores, líderes de mercado e investidores reconhecidos nacionalmente para discutir o momento decisivo que atravessa a cannabis e o cânhamo no Brasil, especialmente após os avanços regulatórios recentes. Com o tema “O Novo Cenário da Cannabis e do Cânhamo no Brasil: Avanços, Desafios e Oportunidades”, o evento já se consolidou como o principal ponto de encontro do mercado de cannabis medicinal e industrial na América Latina.

 

Também marcaram presença Filipe Campos, líder de Market Insights na Close-Up International, especialista em análise de dados e tendências do mercado farmacêutico, com foco específico em cannabis medicinal, João Paulo Perfeito, gerente de Medicamentos Específicos e Fitoterápicos da Anvisa e Tarso Araujo, jornalista, documentarista especializado em saúde e política de drogas, reconhecido como uma das vozes mais respeitadas no debate público sobre cannabis no Brasil. 

 

Desde que houve a regulamentação do cultivo de cannabis no Brasil, notou-se uma transformação histórica para um setor que movimenta bilhões globalmente. O Cannabis Connection 2025 oferece uma plataforma única para compreender as oportunidades e desafios da nova cadeia produtiva, abordando aspectos regulatórios, científicos e econômicos que impactam diretamente a população brasileira.


“Temos mais de 60 universidades e institutos de ciência e tecnologia pesquisando cannabis, centenas de pesquisadores e dezenas de projetos financiados por órgãos públicos como a FINEP e o CNPq. É um cenário robusto, mas que ainda opera com autorizações lentas e pouco claras. Precisamos de normas que deem segurança para o desenvolvimento científico e tecnológico da cannabis no país”, disse Beatriz Marti Emygdio. Ela lembra ainda que o plano de ação do Ministério da Saúde e da Anvisa prevê que as regras para fins científicos também sejam definidas dentro desse processo de regulamentação. 


O Cannabis Connection representa uma pauta estratégica para veículos de comunicação que buscam conteúdo aprofundado sobre inovação em saúde, economia, políticas públicas e desenvolvimento de novos mercados. O evento fornece dados exclusivos, análises de especialistas e insights sobre um tema de crescente interesse social, que combina potencial econômico com impactos significativos na saúde pública e geração de empregos.

 

“O Cannabis Connection é uma excelente oportunidade, porque em breve devemos ter a definição dessas regras. É um momento muito rico, de traçar estratégias e discutir como implementar e aprimorar as exigências que virão. É um espaço de convergência entre governo, academia e setor produtivo, essencial para o amadurecimento do mercado”, enfatizou Beatriz.


O evento também marcou o lançamento do 5º Guia Sechat da Cannabis 2025, um eBook abrangente que apresenta a história, tendências e desafios do setor, oferecendo um panorama completo para profissionais e interessados no mercado da cannabis medicinal. 

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