Tony Fadell é conhecido como o inventor do iPod, que revolucionou a maneira como as pessoas ouvem música em todo o mundo. Atualmente, é membro do conselho da Ledger, líder mundial em segurança de ativos digitais para consumidores e empresas, e resolveu ousar novamente ao convidar Susan Kare, a icônica artista e designer gráfica responsável pela iconografia original do Apple Macintosh, grande febre mundial há algumas décadas, para ajudar no reposicionamento da Ledger. Ela ajudou a desenhar o novo modelo do produto mais importante da companhia: a Ledger Nano, focada em armazenar criptomoedas e mantê-los fora do alcance de hackers.
“A Ledger Nano é a série de dispositivos de segurança para ativos digitais de maior sucesso de todos os tempos, com milhões de unidades vendidas e nenhuma hackeadaˮ, afirmou Pascal Gauthier, presidente e CEO da Ledger, que comemora o fato de a companhia proteger atualmente 20% dos criptoativos em todo o mundo.
Projetados para armazenar criptomoedas de forma segura, os dispositivos da Ledger administram as chaves privadas sem estarem ligadas a internet, o que significa que as criptomoedas ficam protegidas mesmo se o dispositivo estiver conectado a um computador que foi hackeado. O usuário consegue administrar o equipamento por meio de um aplicativo disponibilizado pela companhia. Na hora de fazer uma transação financeira, o dono do dispositivo só consegue fazê-la com aprovação manual por meio de botões físicos, impedindo que hackers possam acessar suas criptomoedas.
Os dispositivos da companhia, antes conhecidos como hard wallets, agora são chamados de autenticadores Ledger. De acordo com o Gauthier, esta atualização reflete a ampliação do papel dos autenticadores que vão muito além de proteger transações financeiras, incluindo agora a proteção da identidade digital em um mundo acelerado pela Inteligência Artificial. “A nova Ledger Nano foi criada para os desafios e oportunidades de hoje, e está preparada para os do futuro. Ela é um autenticador para todos, com preço acessível, a melhor segurança e a interface mais intuitiva do mercado. A próxima geração da Ledger começa em 2025″, ressaltou o CEO.
Para Gauthier, este reposicionamento de marca está diretamente ligado com o objetivo de fazer um IPO ou uma nova captação em 2025, para fortalecer a entrada da companhia nos EUA. Em sua visão, o crescimento da companhia se dá pelo aumento global por soluções de proteção aos criptoativos: de acordo com dados da Chainalysis, mais de US$ 2,2 bilhões em criptomoedas foram roubadas no primeiro semestre de 2025. Isso já supera toda a média de 2024.
Fundada em 2014 e sediada em Paris, a recebeu recentemente fundos de Cingapura e gerencia cerca de US$ 100 bilhões em Bitcoin de seus clientes, com valor de mercado próximo a US$ 1,5 bilhão. Sua participação já chega a mais de 165 países, inclusive o Brasil, atendendo mais de 100 instituições financeiras e marcas comerciais.
Na próxima segunda-feira, a companhia faz em São Paulo o seu evento Ledger Op3n Replay, com o objetivo de lançar os novos produtos no Brasil e discutir tendências sobre o mercado de criptoativos no País, visto como um grande laboratório pelo uso do Pix que, se por um lado facilita a vida dos usuários, por outro também aumenta a possibilidade de ataques e fraudes. Estes encontros incluem ainda apresentações da equipe global e demonstrações ao vivo sobre as novas tecnologias desenvolvidas pela empresa. A turnê, que teve início em Paris no mês passado, passará por oito outras cidades em cinco continentes, como Berlim, Bangkok, Tóquio, Buenos Aires, Sydney e Istambul.
“A segurança digital é uma necessidade universal. Onde quer que você esteja, Europa, nas Américas, na África, na Ásia ou na Oceania, proteger o seu valor digital é essencial. É por isso que os dispositivos da Ledger já são vendidos em mais de 165 paísesˮ, afirma Michael Louzado, vice-presidente de Estratégia da Ledger.
Recentemente, a Ledger integrou o Pix à sua carteira para facilitar a compra de Bitcoin diretamente pelo aplicativo Ledger Live. A funcionalidade se deu por meio de parceiros regulados no mercado brasileiro, já que o Brasil é considerado um dos principais mercados do mundo para o modelo de self-custody, quando o próprio usuário mantém um controle total dos ativos digitais.