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Delegação busca chamar atenção para proteção de áreas úmidas na COP 30

Uma delegação do Pantanal, formada por Organizações Não Governamentais (ONG) e instituições de pesquisa, participa pela primeira vez da COP 30, em uma busca por chamar atenção para incluir a proteção de áreas úmidas no debate climático.

Ao todo, mais de 150 organizações sociais e cientistas assinaram uma carta aos representantes dos governos e líderes da COP 30, pedindo proteção para as áreas úmidas. 

“Um dos objetivos dessa carta é que seja criada uma parceria, uma aliança global pelas áreas úmidas. Do mesmo jeito que a gente tem para as florestas, que tem várias travas que permitem a proteção de florestas, que aumentam a proteção das florestas”, contou o diretor do SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa.

O pantanal representa algumas dessas formações de áreas úmidas que retém a maior quantidade de carbono. Foto: Deivid Fontes/Unemat

A chefe-representante da EJFoundation, Luciana Leita, contou que é preciso acordos e parcerias internacionais que garantam a proteção e a restauração desses biomas.

“A ideia, ao trazer luz para importância do Pantanal e das áreas úmidas na agenda climática, é lembrar que a gente precisa de mecanismos de financiamento, a gente precisa de tratados, a gente precisa de acordos e parcerias internacionais que garantam a proteção e a restauração desses biomas”, contou. 

No mundo são 42 tipos de áreas úmidas, o Brasil tem 24, entre elas o Pantanal. A maior planície alágavel da terra depende dos rios voadores da amazônia e da inundação dos rios aqui do cerrado, mas o bioma também tem um papel importante na regulação do clima no planeta.

“As áreas úmidas como o pantanal são grandes esponjas de carbono, elas retiram o co2 da atmosfera e estocam debaixo do solo, por isso elas são tão importantes na regulação climática. Solos como de turfeira, que são grandes quantidades acumuladas de matéria orgânica, são grandes responsáveis por esses acúmulos. O Pantanal representa algumas dessas formações de áreas úmidas que retém a maior quantidade de carbono”, contou FIgueirôa.

Luciana explica que ao nível global, áreas úmidas armazenam mais carbono do que as florestas. “Apesar de cobrirem ali apenas 6% da superfície do planeta e estão Desaparecendo até três vezes mais rápido do que as florestas. A gente tem batido muito nessa tecla de que sem Pantanal não há clima”, disse.

Pesquisadores e ambientalistas também participam de debates e painéis sobre ações feitas no Pantanal como manejo de fogo, conservação e atividades sustentáveis que podem ser multiplicadas.

Para Cristina Cuiabália Neves, Gerente Geral do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Pantanal tem enfrentado aí secas muito extremas e consequentemente grandes incêndios florestais.

“O Pantanal enfrenta secas extremas e grandes incêndios, mas há oportunidades com boas práticas como ação e autonomia das comunidades, construção de cisternas para captação de água de chuva, produção de mudas nativas e inclusão de pessoas e territórios nas soluções. É fundamental reconhecer o bioma Pantanal na COP 30 como área estratégica no enfrentamento das mudanças climáticas”, explicou.

Eloíze é pantaneira e estuda biologia. Representa a juventude do Pantanal na COP, ela quer atrair esse público para missão de proteger a natureza. ”Somos os únicos representantes do nosso sonho da face da terra, se a gente não viver pelo nosso sonho, ninguém vai. Quando a gente é jovem no cenário político atual, a gente tem essa pressão, querendo ou não, e a gente compreende que tudo é político. A gente tá vivendo essas políticas, para que sejam cada vez mais justas, equitativas e acima de tudo que consigam interferir a vida do jovem”, contou.

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