O varejo brasileiro prepara-se para o maior faturamento da história da Black Friday: são estimados R$ 13,6 bilhões movimentados na semana oficial da Black Friday 2025, segundo estudo da consultoria Gauge em parceria com a agência W3haus (exame.com). Esse montante representa um crescimento de aproximadamente 16,5% em relação ao ano anterior.
Entretanto, a data-marco “sexta-feira de ofertas” já não concentra mais o mesmo protagonismo. O estudo aponta que apenas cerca de um terço do volume total de vendas deverá ocorrer efetivamente na sexta-feira, indicando que o evento se prolonga ao longo de todo o mês — o que já está sendo chamado de “Black November”.
Para as marcas, essa nova dinâmica exige preparo diferenciado: orquestração de campanhas em múltiplos canais, integração entre mídia, conteúdo e vendas, e equipes capacitadas para atuação em marketing digital, dados, segmentação e personalização em tempo real.
“Estamos diante de uma nova era para o varejo brasileiro. A Black Friday deixa de ser uma data pontual para se transformar em um processo contínuo ao longo do mês, no qual o consumidor decide com base em muito mais do que apenas preço. Conveniência, personalização e experiência são agora pilares essenciais”, afirma Edmar Mothé, sócio fundador da Bio Mundo.
Para o CEO da rede Buddha Spa, Gustavo Albanesi, o mês de novembro é uma ótima oportunidade para apresentar os benefícios da massagem. Segundo ele, na Black Friday do Buddha Spa o consumidor encontra não apenas preços, mas o lado zen da vida. “Quem não conhece se surpreende, quem já é adepto aumenta sua frequência e experimenta novas terapias”, diz.
SAIBA QUAIS AS PRINCIPAIS TRANSFORMAÇÕES PARA BLACK NOVEMBER:
Compras mais racionais: além do preço, os consumidores valorizam cada vez mais a conveniência, o custo-benefício e ofertas personalizadas. O estudo aponta que 7 em cada 10 consumidores afirmam que uma oferta sob medida aumenta suas chances de compra.
Busca antecipada: metade dos brasileiros começa a pesquisa por promoções com mais de 30 dias de antecedência, o que pressiona varejistas a anteciparem campanhas e estenderem a janela de ofertas.
Novos formatos e canais: o comportamento de compra se expande para além das lojas físicas ou e-commerce tradicional, envolvendo live commerce, plataformas como TikTok Shop, WhatsApp, conteúdos digitais de criadores de conteúdo (“creators”) e mecanismos de busca.
Influência dos criadores de conteúdo: 1 em cada 3 brasileiros afirma já ter adquirido produto na Black Friday com base na recomendação de um criador de conteúdo.
Categorias em mudança: marcas de eletrônicos de alto valor agregado perdem parte do destaque imediato, enquanto moda, beleza, perfumaria e itens do consumo cotidiano ganham protagonismo nesta edição.