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Apesar da queda, desemprego ainda é o principal fator para endividamento no Centro-Oeste

O desemprego segue como o principal fator de endividamento no Brasil, segundo pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box. A falta de trabalho foi apontada por 19% dos entrevistados, número que, embora menor que o de 2024 (24%), ainda representa um dos maiores desafios à estabilidade financeira das famílias. Em seguida, aparecem gastos emergenciais (18%) e o empréstimo de nome para terceiros (14%).

Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, explica que o endividamento reflete um conjunto de fatores econômicos e sociais, como a própria falta de educação financeira da população. “A queda no desemprego traz esperança e novas oportunidades, mas o desafio agora é transformar essa renda em estabilidade financeira. Após um período de perda de poder de compra, é fundamental que o consumidor aproveite esse momento para reorganizar o orçamento e evitar o acúmulo de dívidas”.

O estudo, que analisou o comportamento e o perfil dos inadimplentes, revela que o aumento no valor das contas básicas segue pressionando o orçamento: 1 em cada 10 pessoas afirma não conseguir arcar com esses custos, que podem chegar até R$ 750 mensais para 82% deles, correndo o risco de terem os serviços básicos interrompidos. 88% desses endividados dizem ainda ter reduzido o consumo devido à alta dessas despesas. Entre eles, 37% cortaram até 10% dos gastos e 25% reduziram entre 11% e 20%.

Segundo a pesquisa, na região Centro-Oeste, o desemprego também é a principal causa do endividamento (18%), seguido de gastos emergenciais (18%) e redução de renda (15%). O levantamento também revelou que 52% das pessoas já estiveram endividadas em algum momento da vida, enquanto 6% deste total não conseguiram pagar nem as contas básicas.

PAPEL DO CARTÃO DE CRÉDITO NA VIDA DOS INADIMPLENTES – Ainda de acordo com o levantamento, o cartão de crédito tem se mostrado um importante aliado na vida financeira dos brasileiros, permitindo o parcelamento de compras essenciais. No entanto, é preciso cautela para que o recurso não se torne um vilão do orçamento.

Segundo a pesquisa, 50% dos consumidores têm como principal dívida no cartão de crédito as compras em supermercados, enquanto 41% recorrem ao método de pagamento para adquirir produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos – gastos que, quando acumulados, podem facilmente comprometer a renda mensal. Nos últimos 12 meses, o uso da modalidade segue tendo destaque: 25% dos inadimplentes afirmam ter concentrado seus gastos no cartão de crédito.

Na região Centro-Oeste, estes números não são tão diferentes: 49% dos consumidores têm como principal dívida no cartão de crédito as compras em supermercados e 40% utilizam-se desta forma de pagamento para comprar roupas, calçados e eletrodomésticos. No último ano, 26% das pessoas da região confirmaram ter concentrado seus gastos no cartão de crédito.

O PESO DO TEMPO SOBRE AS DÍVIDAS – Os dados também mostram que 46% das dívidas dos brasileiros já ultrapassam um ano de atraso. Entre os setores com débitos mais antigos, destacam-se as securitizadoras, as empresas de telecomunicações e o varejo, cujas dívidas frequentemente ultrapassam dois anos de inadimplência.

O cenário, muitas vezes, se repete, e os dados preocupam: 53% dos brasileiros endividados atualmente são reincidentes (já estiveram endividados em algum outro momento da vida), representando uma queda de 2 pontos percentuais em relação a 2024. Atualmente, o país soma mais de 79,1 milhões de pessoas com dívidas em atraso, totalizando mais de 313 milhões de débitos e atingindo o maior montante desde 2020.

No Centro-Oeste, 45% das dívidas já estão com um ano ou mais de atraso enquanto 52% dos consumidores revelaram serem reincidentes. Em contrapartida aos dados nacionais, na região houve um aumento de 2 pontos percentuais na porcentagem de reincidência.

“O cenário ainda é desafiador, mas também é uma oportunidade de recomeço. Entender as causas do endividamento e buscar alternativas de negociação são passos essenciais para recuperar o equilíbrio financeiro. É nesse sentido que iniciativas de renegociação ganham ainda mais relevância”, destaca Camillo.

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