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AgriZone deixa legado e mostra que é possível fazer agropecuária sustentável

A AgriZone, espaço construído na Embrapa Amazônia Oriental em Belém para ser a Casa da Agricultura Sustentável durante a COP30, foi encerrada hoje (21). Em 12 dias, 24.469 pessoas, de 46 países, visitaram as vitrines de tecnologias para mitigação das emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças do clima, combate à fome e pela segurança alimentar.

A AgriZone contou com mais de 350 eventos realizados em cinco auditórios, além do Fórum Internacional da Agricultura Familiar, realizado em um sexto auditório, com participação de 300 pessoas ligadas à agricultura familiar, e eventos em estandes de parceiros. Foram lançadas tecnologias, como o protocolo Carne Baixo Carbono, e diversas publicações, entre elas o livro Ciência para o Clima e Soluções da Agricultura Brasileira.

No pavilhão de Comida, Tradição e Cultura, foram realizados sete cursos e degustações no Cooking Show, todos com inscrições esgotadas, e shows culturais diários.

Nas vitrines o público pôde conhecer tecnologias para mitigação das mudanças do clima, como os protocolos de baixo carbono e sistemas produtivos como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e sistemas agroflorestais (SAF), tecnologias para adaptação às mudanças climáticas, sistemas produtivos para combate à fome como alimentos biofortificados e sisteminha Embrapa, conhecimento para restauração florestal, meliponicultura, entre outros.

“Na AgriZone trouxemos tecnologias para mostrar que a agricultura brasileira é uma dupla solução para as mudanças climáticas. Primeiro para a produção de alimentos saudáveis, para garantir a segurança alimentar no nosso país e contribuir para diminuir a insegurança alimentar no mundo. Segundo pelo potencial de ser uma agricultura de baixo carbono, regenerativa, com produtos de base biológica que vêm somar para que a gente possa cada vez mais ser uma solução para as mudanças climáticas”, destacou a presidente da Embrapa Silvia Massruhá.

CENTRO DE REFERÊNCIA EM AGRICULTURA TROPICAL – A AgriZone recebeu um público diverso, com agricultores familiares, comunidades ribeirinhas, povos indígenas, agropecuaristas, gestores de empresas privadas, parlamentares, representantes de entidades sociais, organizações da sociedade civil, estudantes e público urbano. Somente no feriado de 20 de novembro, 3.500 pessoas estiveram na AgriZone, sendo boa parte, pessoas sem contato com o setor agropecuário e que puderam conhecer mais sobre a produção de alimentos no Brasil.

Também passaram pela AgriZone 40 delegações de negociadores internacionais, diplomatas e autoridades. Entre os visitantes a rainha da Dinamarca, Mary Donaldson, o presidente da COP30, embaixador André Correa do Lago, o diretor geral da FAO, Qu Dongyu, a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, seis ministros do governo brasileiro, quatro governadores e parlamentares federais e estaduais.

“Recebemos um retorno positivo da sede da FAO, em Roma, para transformação da Embrapa Amazônia Oriental em um Centro Mundial de Referência em Agrofloresta e Agricultura para os Trópicos. Há um caminho para isso, mas pelo que o diretor geral da FAO viu, com tudo que foi mobilizado e temos aqui, esse conjunto de ações se enquadra dentro do que a FAO considera um centro de referência”, explica a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia, Ana Euler.

LEGADO DA AGRIZONE –Independentemente do reconhecimento da FAO, as vitrines de tecnologias ficarão como legado. Elas poderão ser usadas para pesquisa, validação e transferência de tecnologia. Eventos como visitas técnicas, dias de campo e capacitações serão realizados nessas vitrines, beneficiando agricultores, profissionais de assistência técnica e extensão rural e estudantes.

“Um dos legados marcantes é o reposicionamento de uma fazenda que estava praticamente improdutiva, sem uso, em um grande centro de tecnologias sustentáveis tropicais, no meio de uma capital”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymario Lemos.

A Embrapa Amazônia Oriental ainda foi beneficiada com melhorias na estrutura física. Um auditório foi construído pelo Senar, que também reformou o prédio da biblioteca. O espaço serviu como alojamento para equipe da Embrapa e do próprio Senar durante a COP. Seu uso como alojamento, ou como salas de trabalho ainda será definido. Vias internas do centro de pesquisa foram recapeadas.

Além do legado específico para a Embrapa Amazônia Oriental, a visibilidade proporcionada pela AgriZone abre as portas para futuras cooperações técnicas e financeiras com entidades nacionais e internacionais. Um exemplo é o portfólio de soluções que poderão receber financiamento, no valor aproximado de U$ 500 milhões, anunciado pelo Grupo Consultivo de Ciência e Filantropia para a Transformação dos Sistemas Alimentares da COP30 (COP30 Food Systems Transformation Science and Philanthropy Advisory Group – COP30 FST-SPAG) em evento no primeiro dia da AgriZone. A cooperação técnica assinada com a Jica, no dia 18, visando a recuperação de pastagens degradadas é outro exemplo importante, assim como AgForest Lab, que permitirá a formação de um ecossistema de inovação para ampliar o desenvolvimento de tecnologias para sistemas agroflorestais.

PARCERIAS – A AgriZone é parte da Jornada pelo Clima, uma iniciativa da Embrapa e do Ministério da Agricultura e Pecuária, e realizada em parceria com instituições públicas e privadas.

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