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Tecnologia existe, mas falta crédito: o recado das climatechs na COP30

O painel “Inovação Climática: soluções sustentáveis para um futuro carbono zero”, realizado ontem (19), no estande do Sebrae, na Green Zone da COP30, revelou ponto de consenso entre especialistas e empreendedores: a burocracia ainda é uma das maiores barreiras para iniciativas de inovação climática e projetos voltados à descarbonização.

Conduzido pelo diretor técnico do Sebrae em São Paulo, Marco Vinholi, o debate apontou que, embora o Brasil tenha avançado na agenda de finanças verdes, pequenos negócios e startups continuam enfrentando dificuldades para acessar linhas de crédito voltadas à mitigação das mudanças climáticas.

“É preciso encurtar a distância da burocracia que dificulta esse financiamento verde”, afirmou Ricardo Gravina, cofundador e co-CEO da Climate Ventures. Para ele, ampliar o diálogo com governos e reguladores é fundamental para reduzir entraves que hoje afastam empreendedores de oportunidades decisivas para escalar soluções sustentáveis.

A avaliação é compartilhada pelo diretor executivo do Fórum Brasileiro de Climatechs, José Gustavo. “Trabalhamos para mostrar que é possível juntar tecnologia e sustentabilidade para gerar prosperidade para os pequenos empreendedores”, destacou. Ele citou o Sebrae como “parceiro essencial” na promoção de uma transição verde, justa e inclusiva.

Atualmente, o Fórum reúne 20 empresas de tecnologias climáticas. Segundo Gustavo, o avanço dessas soluções é urgente: “Os cientistas alertam que, em 40 anos, o planeta enfrentará transformações severas devido ao aquecimento global. Precisamos de tecnologia eficiente para garantir que os mais vulneráveis sofram menos.”

Para Vinholi, a inovação climática só cumprirá seu potencial com a inclusão dos pequenos negócios. “Precisamos integrar os empreendedores brasileiros a um modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo, capaz de impulsionar a cultura do carbono zero”, afirmou.

A trajetória de Thiago Menezes, representante da startup umgrauemeio, ilustra a força desse movimento. Após três décadas no setor corporativo, ele migrou para a climatech especializada no monitoramento de focos de incêndio, que utiliza inteligência artificial para reduzir emissões e prevenir desastres ambientais. “É uma iniciativa que gera benefícios financeiros e sociais, já que uma área monitorada deixa de queimar e emitir CO₂”, explicou. “É urgente facilitar a vida de quem empreende na economia verde”, reforçou.

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