O Partido Liberal confirmou, nesta quinta-feira (27), que suspendeu todas as atividades partidárias de Jair Bolsonaro e interrompeu o pagamento que o ex-presidente recebia da sigla. A decisão ocorre dias após ele começar a cumprir pena na sede da Polícia Federal, em Brasília, onde está detido por condenação no processo da Ação Penal 2668, relacionado à tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a nota divulgada pelo partido, o afastamento não decorre de escolha política interna, mas do cumprimento da legislação eleitoral. O PL cita a Lei 9.096/1995, que impede a manutenção de funções partidárias e remuneração para filiados que estejam com direitos políticos suspensos, situação de Bolsonaro desde sua condenação.
Leia também – Bolsonaro é preso preventivamente pela PF em Brasília
A legenda afirmou que as medidas permanecerão válidas enquanto durarem os efeitos da sentença, que tirou do ex-presidente a possibilidade de exercer qualquer papel formal dentro do partido, embora ele mantenha o título simbólico de presidente de honra.
Leia também – Bolsonaro é condenado a 27 anos por trama golpista
Horas após a manifestação oficial, o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, saiu em defesa do pai nas redes sociais. Ele afirmou que o PL apenas seguiu determinação legal. “Se ele está arbitrariamente impedido de trabalhar, a lei determina isso”, escreveu.
Leia também – STF rejeita recursos finais e autoriza início das penas de Bolsonaro e aliados
O senador também pediu coesão interna do grupo político e garantiu apoio irrestrito ao ex-presidente. “Enquanto eu estiver vivo, nada faltará ao meu pai. É hora de ficarmos unidos”, declarou.
-
Moraes libera visitas dos filhos a Bolsonaro na PF sob regras rígidas
-
STF forma maioria para manter prisão preventiva de Bolsonaro
-
Ator de ‘A Paixão de Cristo’ será Bolsonaro em cinebiografia