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À CNN, ex-chefes da Anvisa criticam proposta de remédio em supermercado

Os ex-presidentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina e Claudio Maierovitch criticaram, em entrevistas à CNN, a possibilidade de venda de medicamentos em supermercados — proposta que foi levada pelo setor ao governo para redução de preços.

A demanda de associações de supermercados gerou troca de argumentos entre o setor e entidades de farmácias nos últimos dias. A ideia seria comercializar apenas medicamentos sem prescrição médica.

Para Maierovitch, a comercialização dos medicamentos em mercados poderia acarretar riscos à saúde da população. Segundo o ex-chefe da Anvisa, há o risco de se criar “confusão” entre o conceito de medicamento e a concepção de itens de consumo.

“Um medicamento é usado para um tratamento, alívio de um sintoma, não um item de consumo. Colocá-lo em prateleiras de supermercados podem levar as pessoas a considerá-los parte da compra rotineira, como arroz e feijão”, disse.

Ainda segundo o especialista, mesmo os medicamentos sem prescrição podem acarretar efeitos adversos; e por isso seria necessária a figura do farmacêutico para sua comercialização. Maierovitch também argumenta que remédios, se utilizados inadequadamente para tratar sintomas, podem ocultar doenças.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), contudo, incluiu em sua proposta a necessidade de contratação de farmacêuticos, a fim de viabilizá-la. “[Os farmacêuticos vão] esclarecer quaisquer dúvidas dos consumidores, seguindo o mesmo formato já utilizado pelas farmácias nas vendas online”, disse.

Vecina reitera o ponto de vista de Maierovitch: “O supermercado pode vender tudo menos remédios. Os produtos oficinais, como água destilada, água oxigenada, pode vender. Mas fora isso, precisa ser na farmácia”, disse.

No final de 2024, a Anvisa emitiu nota em que criticava a possibilidade. Segundo a Agência, a venda de medicamentos em supermercados “levanta preocupações quanto às condições sanitárias para sua comercialização”. “Medicamentos exigem controle sanitário rigoroso em todo o seu ciclo, da produção ao consumo”, escreveu.

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