Após garantir o pagamento de 1/3 de férias sobre 45 dias aos professores da Capital, o prefeito Abilio Brunini (PL) fez duras críticas à atuação dos profissionais e não descarta a possibilidade de privatizar a rede municipal de educação.
O liberal afirma que os professores têm cobrado o cumprimento dos seus direitos, mas não estão apresentando resultados, já que os índices educacionais estão bem abaixo da média nacional.
“Quer cobrar direitos? Apresente resultados!”, afirmou o prefeito na manhã desta quinta-feira (17).
O prefeito comparou a realidade local com municípios do interior que possuem investimento inferior, infraestrutura precária, mas resultados no Saeb e em exames nacionais superiores aos da rede municipal.
“Lugares onde o custo de vida é mais alto e os salários são menores, têm desempenho melhor do que aqui”, disse o prefeito, reafirmando que o problema não está na estrutura, mas nas gestões anteriores.
Ele responsabilizou equipes de gestões anteriores por transformar a Secretaria de Educação em “palco político”, concentrando atenção em disputas eleitorais, em vez de focar no rendimento dos alunos.
“A secretaria virou cabide de palanque, e por isso não houve cobrança de desempenho em coordenação, gestão ou escola”, criticou.
Parceria com o privado e novas abordagens
Como alternativa, o prefeito anunciou que o município vai iniciar, em 2026, um processo de chamamento público para empresas privadas que queiram ofertar vagas em suas escolas.
“Vamos cadastrar escolas da iniciativa privada, abrir vagas nelas e comparar resultados. Se for vantajoso, podemos terceirizar parte da educação em Cuiabá”, disse.
Ele também mencionou a possibilidade de implantar escolas cívico-militares na Capital para oferecer novas referências disciplinares e de resultado.
“Não vou brincar com isso. Não vou tornar a educação local um instrumento de ato político-partidário. É dos cidadãos de Cuiabá”, disse, prometendo acompanhar de perto o desempenho ao longo de toda a legislatura.
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