Aliados e opositores em Mato Grosso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repercutiram, nesta quarta-feira (26), a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por unanimidade, o tornou réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Além de Bolsonaro, outras 7 pessoas também foram acusadas, após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Senadores, deputados federais e estaduais se manifestaram após a decisão.
Opositores
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), publicou um vídeo na rede social afirmando que a Justiça brasileira fez história com o julgamento.
“Hoje, uma tentativa de golpe no nosso país começa a ser julgada, inclusive, com generais de 4 estrelas presos que tinham como mandante o Jair Bolsonaro”, falou.
O deputado estadual, Valdir Barranco (PT) também publicou uma foto em uma rede social comemorando a decisão.
Apoiadores
O senador Wellington Fagundes (PL) publicou uma nota pública dizendo que o resultado não causou surpresa no partido.
Disse ainda que o processo legal não foi respeitado porque, segundo ele, os advogados de defesa não tiveram acesso à íntegra das provas.
“Os elementos tornados públicos e que embasam a denúncia não apontam para o envolvimento do presidente Bolsonaro nos supostos ilícitos”, diz trecho da nota.
O deputado federal Coronel Assis (PL) afirmou que a decisão não atinge apenas Bolsonaro, mas ameaça diretamente a democracia e o direito de milhões de brasileiros de escolherem seu líder.
Já a deputada federal Coronel Fernanda (PL), publicou que Bolsonaro sempre defendeu o bem, os valores cristãos e a família.
Abilio Brunini (PL), prefeito de Cuiabá e aliado do ex-presidente, não tinha se manifestado publicamente sobre o caso até a publicação desta reportagem.
Veja a lista dos denunciados
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Próximos passos
Os oito denunciados passarão à condição de réus. Agora, será aberta uma ação penal na qual PGR e defesas poderão apresentar provas e depoimentos.
No final do processo, os ministros julgarão se houve crime e, se condenados, os réus poderão pegar penas de prisão.
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Bolsonaro vira réu por tentativa de golpe de Estado