A Polícia Federal apreendeu um avião nesta quarta-feira (30), em Guarantã do Norte (MT), durante a segunda fase da Operação Proa Clandestina. De acordo com as investigações, a aeronave era usada por uma organização criminosa para o transporte de cocaína, tanto no Brasil quanto para o exterior.
A ação teve como foco o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra duas aeronaves, mas apenas uma foi localizada no aeroporto municipal da cidade. Também foi cumprido um mandado de busca pessoal contra um dos investigados.
De acordo com o delegado federal Gustavo Coutinho Vasquez, a investigação indica que o grupo criminoso atuava adquirindo, adaptando e utilizando aviões exclusivamente para o transporte de entorpecentes.

As provas apontam que a cocaína era trazida do Paraguai por via aérea. Os suspeitos preparavam as aeronaves para atravessar longas distâncias com a droga, explicou.
Operação Proa Clandestina
A primeira fase da operação, realizada há um mês, atingiu uma estrutura criminosa envolvida no roubo de aviões e no tráfico internacional de drogas. Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de prisão, dois de prisão temporária e 11 de busca e apreensão. O juiz também determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 4 milhões.
As investigações começaram em fevereiro deste ano, após o roubo de uma aeronave avaliada em mais de R$ 1,1 milhão, em um aeroporto particular no município de Nova Ubiratã (MT). Desde então, a PF apura a atuação do grupo nas regiões de fronteira com a Bolívia e o Paraguai.
A Operação Proa Clandestina conta com apoio da 7ª Vara Federal de Mato Grosso e apura crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Segundo a polícia, o espaço aéreo brasileiro tem sido cada vez mais utilizado por organizações criminosas para facilitar a logística do tráfico interestadual e internacional.