O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrando uma trajetória de mais de uma década no tribunal. A sessão plenária desta tarde foi a última participação oficial de Barroso na Corte.
“Sinto que agora é hora de seguir novos rumos”, declarou o ministro durante o anúncio.
A decisão vem pouco tempo depois dele deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos. Segundo a assessoria da Corte, Barroso deve permanecer no cargo até a próxima semana, período em que pretende liberar processos sob sua relatoria.
Com a saída, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar o próximo ministro do Supremo.
Com informações da Agência Brasil
Negou aposentadoria em visita a Cuiabá
Em agosto, durante uma visita a Cuiabá, Barroso negou a intenção de deixar o Supremo. Na ocasião, ao ser questionado por uma jornalista sobre rumores de aposentadoria antecipada, respondeu com bom humor: “Não vou me aposentar, não. Estou feliz da vida”.
A fala, registrada em vídeo ocorreu durante o evento Diálogos com a Juventude, no qual o ministro conversou com estudantes sobre cidadania e direitos humanos. Ele também participou da 18ª edição do Diálogos da Magistratura, que reuniu juízes e desembargadores na Capital de Mato Grosso.
Naquele momento, Barroso procurou encerrar especulações sobre possíveis mudanças na composição do STF, alimentadas por declarações do ministro Gilmar Mendes, que havia se referido ao ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco como “nosso candidato ao Supremo”.
Quem é Luís Roberto Barroso
Indicado ao STF em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, Barroso assumiu a vaga deixada por Carlos Ayres Britto, que se aposentou ao completar 70 anos.
Nascido em Vassouras (RJ), o ministro é doutor em Direito Público pela UERJ e mestre em Direito pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Antes de ingressar na magistratura, teve carreira destacada como advogado constitucionalista e participou de debates marcantes no Supremo, como os que trataram da união homoafetiva, pesquisas com células-tronco, interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos e da extradição de Cesare Battisti.
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