• Home
  • Economia
  • BC tira doce e mercado sente frustração após rali

BC tira doce e mercado sente frustração após rali

A mais longa série de recordes de pontuação do Ibovespa chegou ao fim ontem. Foram 15 sessões seguidas de alta, com máximas históricas em 12 pregões consecutivos. No período, o principal índice da bolsa brasileira saiu dos 144,8 mil pontos e parou na faixa dos 157 mil. No fim, o apetite por risco dos investidores saciou-se. 

Quem abriu espaço para o mercado financeiro realizar lucros foi o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Durante entrevista coletiva para comentar o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), ele desautorizou a leitura de que o Comitê de Política Monetária (Copom) teria indicado que pretende baixar a taxa Selic em breve. 

Ainda assim, Galípolo não conseguiu conter o entusiasmo com a ata do Copom e o IPCA de outubro, divulgados um dia antes. Com base nas apostas em contratos de opções negociados na B3, a expectativa é pelo início do ciclo de cortes em janeiro, com uma dose mínima, de 0,25 ponto porcentual.  

Esse dissenso joga para o BC a responsabilidade pela mensagem. Afinal, o mercado é o público mais atento à comunicação e às ações da autoridade monetária, o que exige uma linguagem precisa e confiável – ainda que técnica. Galípolo falhou nessa missão. Agora, terá de calibrar as expectativas, sem perder a consistência entre discurso e prática.

Mercado expressa frustração

Diante disso, amplia-se o espaço para os investidores embolsar os ganhos recentes nos ativos locais. O ambiente externo permite uma continuidade desse movimento. Apesar do fim do shutdown, o apagão de dados preocupa, após a Casa Branca informar que os dados atrasados sobre emprego e inflação nos Estados Unidos podem “nunca” ser divulgados. 

Esse dano permanente na coleta e divulgação de indicadores econômicos deixa o Federal Reserve no escuro para decidir em relação a novos cortes nos juros. Como se já não bastasse a incerteza em relação ao tarifaço de Donald Trump. Ou seja, enquanto por aqui a confusão foi criada pelo próprio BC, lá fora o Fed está às cegas por forças externas.

Mas o resultado final é o mesmo: o mercado já não tem mais tanta certeza de que estímulos monetários estão por vir. É como se os bancos centrais do Brasil e dos EUA estivessem tirando doce da criança, causando frustração e criando uma situação que permite uma reação negativa até que a insatisfação passe. No fim, o recado dos BCs é: pode espernear.

Passeio pelo mercado

Os futuros das bolsas de Nova York amanheceram sem rumo definido: enquanto o índice Dow Jones ensaia alta, o S&P 500 e o Nasdaq estão no vermelho. Na Europa, o sinal também é indefinido, após uma sessão positiva na Ásia

Entre as moedas, o dólar recua em relação às rivais.

Nas commodities, o petróleo cai, mas o minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em leve alta, de 0,26%. 

Já o ouro avança, assim como o Bitcoin, entre as criptomoedas.

Agenda do dia

Indicadores

  • 9h – Brasil: Vendas no varejo (setembro)
  • 9h – Brasil: Safra agrícola (outubro)
  • 13h – Brasil: Produção e venda de veículos – Anfavea (outubro)
  • 14h – EUA: estoques de petróleo e derivados (semanal)
  • 23h – China: Produção industrial e vendas no varejo (outubro)

Balanços

  • EUA: Disney (antes da abertura)
  • Brasil: Banco Inter (antes de abertura)
  • Brasil: Cemig, CPFL Energia, Cyrela, Eztec, IRB, JBS, Localiza, Nubank, Qualicorp e Yduqs (depois do fechamento)

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Homem é preso por agredir e ameaçar companheira grávida em Guarantã do Norte

Homem é preso por agredir e ameaçar companheira grávida em Guarantã do Norte – CenárioMT…

Ex-presidente do TCE, Jerson Domingos oficializa aposentadoria e deixa Corte

Oficializada a aposentadoria do ex-presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), Jerson Domingos. Publicação…

Etanol já está mais caro aos consumidores de Cuiabá e VG e quebra mais um recorde

Ninguém nunca imaginou que o etanol hidratado, que é uma opção para incentivar a descarbonização…