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Brasil e agro são pilares da energia limpa, diz ministro da Agricultura

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu em evento da UBS, em São Paulo, na segunda-feira (23), a centralidade que a energia renovável tem para o país, e que o agronegócio deve estar alinhado com esse processo de transição energética.

“O Brasil é o país da energia limpa, que vem do agro, não concorrendo com a produção de alimentos, mas complementando”, disse Fávaro.

“A produção agropecuária não é antagonista à sustentabilidade. Preservar a floresta é questão de sobrevivência”, pontuou.

Sobre isso, Fávaro complementou que o grande desafio hoje é a estabilidade climática. Segundo o ministro, as mudanças foram rápidas, a ponto de vermos hoje fenômenos que só eram esperados para o futuro.

“Então o desafio é reverter esse quadro dramático das mudanças climáticas. Ninguém consegue ser produtor de alimentos, e consequentemente de energia no deserto. Isso joga todos os ativos brasileiros no lixo”, concluiu o chefe da Agricultura.

Os comentários foram feitos durante a “Agriculture Investment Conference 2024”, que debateu os investimentos em agricultura no país. O evento foi sediado pela UBS, em São Paulo. O ministro palestrou no painel “Abastecendo o Futuro: o papel do agronegócio na aviação sustentável”.

Fávaro ressaltou que a tecnologia permitiu que países como Japão e Coreia do Sul se reinventassem, além de promover o turismo em lugares, como Qatar.

O ministro destacou a abertura de 195 novos mercados ligados ao setor em 20 meses.

Para desenvolver o setor, Fávaro destacou a importância de serem promovidas politicas públicas de incentivo.

Questão fiscal

Durante o mesmo evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), destacou a questão da dívida dos estados como um dos entraves para a economia brasileira.

O governador apontou que assumiu a administração com as contas públicas esvaziadas, mas que teria buscado superar o problema.

“Hoje eu tenho R$ 14,5 bilhões em caixa. Todo estado no país é rico se ele for bem administrado e se o governante tiver coragem de enfrentar o populismo e a demagogia”, apontou Caiado.

“Fiz a reforma fiscal que tinha que ser feita. Ou seja, o estado passou a ser capaz de atender as demandas de saúde, educação, políticas sociais e também de infraestrutura”, concluiu.

Em agosto, a dívida dos estados com a União somava R$ 765 bilhões. Além de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Goiás está entre os maiores devedores, concentrando os quatro juntos 90% do rombo.

Mudanças climáticas desafiam agro brasileiro, dizem especialistas

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