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católicos aderem ao jejum de redes sociais por 40 dias

O período da Quaresma, que segue até o dia de 17 abril para os católicos, esse é um período de jejum, oração e abdicação. Muita gente deixa de consumir carne vermelha, outros, refrigerante, chocolate, bebida alcóolica, enfim, abdicam de algo que gostam muito.

Agora, uma nova tendência é o jejum de redes sociais. A ideia é se distanciar do mundo virtual e se aproximar daquilo que eles mais acreditam: a fé católica.

Jejum de redes sociais é ganha força entre os católicos. (Foto: Reprodução/ Internet)

Sem Instagram, sem Facebook e sem Tiktok, a administradora Antônia Taiane Souza ficará 40 dias praticamente offline.

Moradora de Sinop (MT), a 503 km de Cuiabá, Antônia é católica de berço e, há três anos, faz jejum de redes sociais durante a Quaresma. Uma penitência que, segundo ela, nunca foi fácil.

“No meu primeiro ano, quando fiz lá em 2022, eu não consegui fazer completa. Acabei voltando para as redes sociais e não cumpri minha penitência. Em 2023, eu sofri muito fazendo a Quaresma e já voltei logo no domingo de Páscoa: Jesus ressuscitou, e já estava com Instagram ativo. Nos outros anos, não. Eu demorei um pouquinho mais dias e controlei melhor o meu tempo”, relata Antônia.

A administradora não é influencer, mas já reúne mais de 7 mil seguidores e um seleto grupo de melhores amigos em suas redes sociais. Apesar do desafio de se desconectar, ela garante que o esforço vale a pena.

“A gente foca mais na oração. Eu procuro rezar mais, fazer mais visitas ao Santíssimo, dar atenção à família, coisas que a gente acaba não conseguindo fazer. Quando tiramos 20 minutos para mexer nas redes sociais acabamos passando horas ali. É assim que tento me monitorar, fazendo mais leituras”, detalha.

Catedral Sagrado Coração de Jesus vista do alto. (Foto: Reprodução/ Lucas Diego/ Assessoria)
Catedral Sagrado Coração de Jesus vista do alto. (Foto: Reprodução/ Lucas Diego/ Assessoria)

Já a estudante Gabriela Bortollussi, também moradora de Sinop, escolheu este ano três penitências para esse período de Quaresma: sem refrigerante, sem banho quente e, pela primeira vez, está ficando longe do Instagram, a rede social preferida dela. Ela até excluiu o aplicativo.

“Está sendo desafiador. Nós temos o hábito de normalmente chegar em casa e abrir o celular direto na rede social, e eu me pego às vezes no automático deslizando para onde tinha rede social e entrando, e aí meu cérebro lembra que não tenho mais o aplicativo, não tem mais como usar, e aí tenho que direcionar a atenção para outra coisa”, conta a estudante.

Para Gabriela e Antônia, o tempo utilizado nas redes sociais, pode ser melhor aproveitado e o sacrifício cristão acaba se tornando algo mais importante.

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“Vejo [esse período] como uma entrega, um sacrifício, a gente se entregar e se abster de determinadas coisas que talvez a gente goste muito para perceber o que realmente importa e o que deveria realmente estar fazendo nessa Quaresma: focar mais em Deus, na oração e na intimidade com Ele”, destaca Gabriela.

Os 40 dias da Quaresma simbolizam o tempo que Jesus passou no deserto antes de sua paixão, morte e ressurreição, por isso, durante esse período, a igreja incentiva a prática do jejum, da oração e da abstinência.

Segundo o Padre Valdevino Almeida, a prática penitencial – o jejum, a esmola, a oração – são a abertura do fiel para si mesmo e o autocontrole e a oração, são a abertura para Deus.

“Com Deus nós somos fortes. O jejum lembra a fragilidade humana. Ou seja, nós somos criaturas criadas por Deus, fracos, mas também vencemos as tentações”, explica o padre.

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Até o domingo de páscoa os olhos estarão mais distantes das telas dos celulares e mais próximos da fé cristã. Um ato, que de acordo com o padre, pode fazer muito bem aos fieis.

“Às vezes gastamos muito tempo com a rede social. Então, poder aproveitar o tempo, canalizar e diminuir o ‘falar mal do outro’ e cuidar mais da saúde é muito importante. Essa opção também de jejum da rede social. Eu também tenho feito ela, entre outras, tradicionais”, opina o líder religioso.

Quando questionado sobre o que tem acahado de ficar sem as redes sociais, o religioso enfatiza a importância da penitência.

“A gente sofre porque nós criamos necessidades e é importante esse jejum do que é supérfluo. O que é desnecessário. E é uma reeducação também. Acredito que toda prática penitencial, ele é necessário e importante no sentido de controlar as nossas vontades e a vontade é uma das potências da alma”, conclui.

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