O fisiculturista hexacampeão do Mr. Olympia Chris Bumstead informou aos fãs que passou 80 horas sem comer. O atleta disse que sempre teve vontade de passar três dias em jejum e disse ter feito isso por acreditar que faz bem para a saúde.
Cbum afirmou, em stories no Instagram, que ingeriu apenas água e sal durante o período. Ele também publicou um vídeo no Youtube em que explica como está a atual dieta e rotina.
“Noite passada eu comi quinoa e coxas de frango e foi a comida mais gostosa que eu já comi”, brincou.
“Eu estava cansado e com fome o tempo inteiro, mas me senti muito relaxado. Todo mundo me perguntou por que fiz isso. É bom para muitas coisas, seu sistema imunológico se restaura completamente, 72 horas é bom para a saúde, anticancerígeno, reduz as inflamações, muitas coisas boas”, afirmou.
Sérgio Silveira Júnior, cirurgião do aparelho digestivo e doutor em gastroenterologia pela USP, explica, porém, que não há evidência científica de que o jejum prolongado traga essas melhorias.
“Não existe nenhuma evidência científica robusta que o jejum prolongado melhore o sistema imunológico ou diminua parte inflamatória. Inclusive até pelo contrário, realizar jejum prolongado repetidamente, pode gerar perda de massa muscular, diminuição de concentração, deficiência imunológica, pode até ser pró-inflamatório”, explica.
Vale destacar também que longos períodos de jejum podem ser perigosos para o corpo humano, por isso, só devem ser feitos com acompanhamento médico em caso de necessidades específicas.

Síndrome do intestino permeável
Também nesta semana, o canadense disse que está com síndrome do intestino permeável. Nesta condição, acredita-se que a barreira do intestino delgado fica danificada, o que permite que substâncias não desejadas a ultrapassem, entrem na corrente sanguínea e causem sintomas gastrointestinais.
O atleta cita que não há um remédio específico para tratar o problema, apenas uma dieta saudável, com alimentos ricos em fibras e nutrientes. Recentemente, o fisiculturista brasileiro Rafael Brandão também afirmou ter a síndrome.
Sérgio, porém, também explica que essa condição não é um diagnóstico médico oficial e que ainda não há um exame preciso que de fato identifique o problema.
“Ainda não é um diagnóstico médico, há muitos estudos que não são em humanos, muitos estudos hipotéticos. Ainda não há exames médicos que comprovem. Acho que é um assunto mais midiático por enquanto”, afirmou.
“A síndrome do intestino permeável é uma condição repleta de mitos e mal-entendidos. Ela não pode ser diagnosticada com precisão por sintomas, exames de sangue ou exames de fezes”, diz o artigo “Síndrome do intestino permeável: mitos e gestão”, publicado na NLM (Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos), maior biblioteca biomédica do mundo e líder em pesquisa em informática computacional de saúde.
“Embora o termo síndrome do intestino permeável implique alterações na permeabilidade intestinal, é raro o paciente que passa por testes objetivos para identificar alterações na permeabilidade intestinal”, afirma o estudo.
Chris venceu o Mr. Olympia na categoria Classic Physique seis vezes consecutivas e está aposentado desde novembro do ano passado, quando participou do Praga Pro 2024 na categoria Open.
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