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Cida Gonçalves diz que deixou Ministério das Mulheres por ‘desgaste político’

A ex-ministra das Mulheres Cida Gonçalves (PT) afirmou que sua saída do governo Lula, oficializada em 5 de maio de 2025, foi resultado de desgaste político, mudanças de rota dentro do Executivo e divergências no momento eleitoral.

Em entrevista ao podcast Política de Primeira, Cida explicou que o processo foi dialogado com o presidente Lula e enfatizou que as denúncias de assédio envolvendo a pasta, investigadas na época, não foram determinantes, mas podem ter contribuído para sua saída – assista acima.

Segundo Cida, o episódio gerou “exposição desnecessária”, mas não motivou a decisão do presidente. Ela afirmou que foi ela própria quem optou por não permanecer no cargo. “Influenciou, mas não foi o motivo central”, disse.

A ex-ministra destacou que sua presença foi importante para estruturar políticas, diretrizes e pesquisas nos primeiros anos do governo, especialmente em uma área que “praticamente não existia”. No entanto, reconheceu que seu nome também gerava desgaste político constante. 

“Eu era convocada todo mês por qualquer fala sobre direitos sexuais e reprodutivos ou atendimento às vítimas de violência. Isso gerava mobilização permanente da base e, neste momento, não era o mais adequado”, afirmou.

Cida disse ainda que a conjuntura eleitoral de 2026 também pesou. Segundo ela, temas sensíveis como projetos que retiram direitos das mulheres estavam entrando na pauta e poderiam criar embates internos. 

“Eu sempre avisei ao presidente que era encrenqueira. Em vários momentos pediam para eu ficar quieta e eu não ficava. Esse momento possivelmente nos levaria à rota de colisão”, avaliou.

Outro fator citado foi o desejo do governo de dar mais destaque à agenda da igualdade salarial, tema que, segundo ela, enfrenta mais dificuldade de mobilização social do que a violência contra a mulher, principal demanda atendida diariamente pela pasta. Ela ressaltou que a lei da igualdade está travada no STF, o que limita o impacto público, ao contrário dos casos de feminicídio e estupro, que exigem respostas imediatas do ministério.

  1. Cida Gonçalves fala sobre saída do governo Lula, feminicídios e apoio a Simone Tebet – Política de Primeira – Entrevista completa

Sobre as denúncias de assédio envolvendo servidores, Cida afirmou ter “total tranquilidade” depois das apurações. Explicou que demitiu funcionários que, segundo ela, tentavam usar cargos e estrutura pública para se viabilizar politicamente em 2026. “Quando comecei a cobrar metas e exigir resposta, virou assédio”, disse.

Ela lembrou que a Comissão de Ética da Presidência arquivou o caso e que o Tribunal de Contas da União também concluiu que não se tratava de assédio, reforçando que cabe à gestora demitir quem não cumpre suas funções.

Apesar disso, lamentou que o resultado das investigações não tenha recebido o mesmo destaque na imprensa que as acusações iniciais. “Saí com toda a legitimidade desse processo. Mas isso não saiu em lugar nenhum”, afirmou.

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