O Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil), divulgado nesta terça-feira (8), apontou as cidades de Curitiba, Goiânia e São Paulo como aquelas com maior demanda por imóveis no 1º trimestre de 2025.
O levantamento, realizado pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), classificou os municípios mais procurados, baseado em diferentes faixas de renda familiar.
“O IDI permite detectar demandas reprimidas causadas por planos diretores, renda, emprego, informalidade e outros fatores. A decisão de um lançamento imobiliário passa, a partir de agora, obrigatoriamente, pelo IDI Brasil”, avalia José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC.
No padrão econômico, de famílias com renda entre R$ 2 mil e R$ 12 mil, a líder foi Curitiba, seguida por Goiânia e Fortaleza.
A capital paranaense já liderava o índice ao fim de 2024 e demonstra consolidação no ranking. A faixa de renda é de atenção do setor público, pois engloba aquelas famílias inclusas no plano ‘Minha Casa, Minha Vida”.
Para Renato Correia, presidente da CBIC, “ter à mão dados atualizados do mercado imobiliário nacional é fundamental para o empresário e as entidades representativas. Essas informações orientam estratégias, e podem ser usadas como guias para subsidiar políticas públicas, especialmente em programas como o Minha Casa, Minha Vida. O IDI é uma ferramenta importante nesse contexto”.
O ranking de padrão médio, de renda familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil, é liderado por Goiânia, que demonstra estabilidade e força neste mercado.
Outro destaque foi o Rio de Janeiro, que foi incluído na última pesquisa e já assume a terceira posição do ranking, atrás somente da capital de Goiás e de São Paulo.
Por fim, a maior procura por imóveis das famílias de alto padrão, com renda familiar acima de R$ 24 mil, se concentrou em São Paulo.
Quem demonstrou grande valorização neste índice foi Fortaleza, que saltou para a terceira mais buscada com aumento nos indicadores de oferta de terceiros e atratividade de novos lançamentos.
O estudo analisou 77 cidades pelo Brasil e utiliza de dados transacionais reais, avaliando indicadores como de demanda, ofertas de terceiros e procura ativa por imóveis. O IDI-Brasil visa fornecer informações essenciais para decisões no mercado habitacional.