Com 73 dos 81 votos, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito o novo presidente do Senado neste sábado (1º), com mandato até fevereiro de 2027. O senador sucede Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e vai comandar a Casa pela segunda vez – a primeira foi entre 2019 e 2021.
Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), que também disputavam o cargo, obtiveram 4 votos cada um. Os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) renunciaram a suas candidaturas durante a reunião preparatória.
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No primeiro discurso como presidente do Senado, Davi Alcolumbre, agradeceu a votação expressiva e prometeu atuar na construção de consensos para melhorar a vida do povo brasileiro.
“Minhas primeiras palavras não poderiam ser outras: muito obrigado pela confiança novamente em mim depositada. Tenham certeza de que buscarei, ao longo dos próximos dois anos, fazer jus a essa confiança, consolidada na votação expressiva com que me honraram no dia de hoje. Quero ser um catalizador do desejo deste Plenário e ajudar a construir os consensos necessários para melhorar a vida da população brasileira”, afirmou o presidente do Senado.
Também neste sábado, foram eleitos por aclamação os demais integrantes da Mesa do Senado no biênio 2025-2026. Os senadores são:
- Primeira-Vice-Presidência: Eduardo Gomes (PL-TO)
- Segunda-Vice-Presidência: Humberto Costa (PT-PE)
- Primeira-Secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
- Segunda-Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
- Terceira-Secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
- Quarta-Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)
Suplência de Secretaria:
- Chico Rodrigues (PSB-RR)
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
- Styvenson Valentim (Podemos-RN)
- Soraya Thronicke (Podemos-MS)
Trajetória do novo presidente do Senado
David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 19 de junho de 1977, em Macapá (AP). Começou a carreira política como vereador da capital amapaense, eleito pelo PDT em 2001.
No ano seguinte, elegeu-se deputado federal. Em 2005, filiou-se ao então Partido da Frente Liberal (depois chamado Democratas e, hoje, União Brasil). Em 2006, conquistou um novo mandato na Câmara dos Deputados.
Em 2009, licenciou-se para assumir o cargo de secretário municipal de Obras e Serviços Públicos de Macapá, durante a gestão do prefeito Roberto Góes. Retornou à Câmara em março de 2010, concorreu a mais um mandato e foi reeleito.
Em 2014, foi eleito senador. Em 2015, comandou a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e, em 2018, licenciou-se para concorrer ao governo do Amapá, mas não foi eleito.
Na volta ao Senado, em 2019, foi escolhido presidente da Casa pela primeira vez, o mais jovem a ocupar o cargo. Naquele mesmo ano, como presidente da República em exercício, assinou a transferência definitiva das terras da União ao Amapá, uma reivindicação do estado de mais de 30 anos.
Foi reeleito para o Senado em 2022 e presidia a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
*Com informações da Agência Senado