O deputado federal por Mato Grosso, Nelson Barbudo (PL), usou as redes sociais nesta terça-feira (5) para explicar por que não participou das manifestações em Brasília organizadas por parlamentares da oposição após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o parlamentar, ele chegou a viajar para a capital federal com a intenção de se juntar aos colegas, mas foi surpreendido por uma cólica intestinal, o que exigiu internação hospitalar, onde segue em observação.
“Quero dizer para vocês que eu vim ontem para Brasília, mas passei mal, uma cólica intestinal e estou em tratamento aqui na Unimed. E assim que terminar meus exames, eu estarei junto com vocês para defender as nossas pautas”, disse em vídeo. Veja:
O parlamentar reiterou seu apoio ao ex-presidente e à pauta dos manifestantes.
“Infelizmente, hoje não pude estar presente nas mobilizações em Brasília ao lado dos meus colegas da oposição, como estava previsto. Vim para lutar junto com o povo pela justiça, mas acabei passando mal e precisei ser hospitalizado aqui na capital”, disse o deputado na legenda.
Entenda o caso Bolsonaro
A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no domingo (4). A decisão foi tomada após o entendimento de que o ex-presidente violou medidas cautelares anteriormente impostas, especialmente a proibição de usar redes sociais, ao continuar se manifestando por meio de perfis de aliados e de seus filhos.
Segundo Moraes, o conteúdo divulgado tinha “claro incentivo e instigação a ataques ao STF” e pedia “intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro”. Com isso, Bolsonaro deverá cumprir pena em casa, com uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas (exceto familiares e advogados) e recolhimento de todos os celulares da residência.
Manifestações pelo Brasil
Manifestações ocorreram em diversas capitais do país no domingo (3). Em Cuiabá, cerca de 4 mil pessoas se reuniram na Praça 8 de Abril, segundo a Polícia Militar. Os atos foram marcados por críticas ao STF, pedidos de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e pela saída do presidente Lula (PT).
Durante um dos eventos, o ex-presidente Bolsonaro chegou a falar por viva-voz com a multidão, por meio do telefone de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que organizou o ato no Rio de Janeiro.
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