Lucas Amaral de Morais, de 22 anos, detento na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Ferrugem, em Sinop, fugiu na tarde desta terça-feira (7), enquanto realizava trabalho externo.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso (Sejus-MT), ele rompeu a tornozeleira eletrônica enquanto prestava serviços para a Secretaria Municipal de Obras, na região do bairro Nossa Senhora Aparecida.
Lucas, foi condenado a 23 anos de prisão em 2023, pelo homicídio do ex-jogador do Sinop Futebol Clube, Willian Santana, em setembro de 2021.
A fuga ocorreu durante o intervalo de almoço, momento em que o preso se afastou do local e não retornou. Agentes penais estão realizando buscas na região para tentar recapturá-lo. Segundo o sistema prisional, Morais integrava um programa de ressocialização que permitia o trabalho externo sob monitoramento eletrônico.
Condenação por homicídio
Lucas Amaral foi condenado em 2023, após júri popular, por participação no assassinato do ex-jogador Willian Santana, ocorrido em setembro de 2021. Na ocasião, o atleta, de 21 anos, foi sequestrado em sua residência, onde estava com a namorada, e executado com um tiro na cabeça às margens da BR-163, próximo ao Rio 15 (pesqueiro e restaurante), em Sinop.
Durante o julgamento, o Ministério Público apontou que o crime foi encomendado por uma facção criminosa que atua na região, sob a alegação (nunca comprovada) de que Willian teria cometido um suposto estupro. Além de Lucas, outros três réus foram condenados, com penas variando entre 17 e 23 anos de reclusão.
Relembre o caso
O corpo de Willian Santana foi encontrado em 17 de setembro de 2021, um dia após o sequestro. A Polícia Militar informou que o ex-zagueiro foi morto a tiros, e as investigações da Polícia Civil confirmaram que o homicídio foi motivado por uma falsa acusação espalhada por integrantes de uma organização criminosa.

Willian jogou pelo Sinop Futebol Clube entre 2018 e 2021. No dia do crime, ele e a namorada estavam a caminho de uma festa de casamento, quando foram abordados por quatro homens armados em um carro. A jovem presenciou o sequestro, mas não conseguiu identificar os autores.
A fuga de Lucas Amaral de Morais reacende o debate sobre os critérios de concessão de trabalho externo a presos condenados por crimes graves e a eficácia do monitoramento eletrônico como medida de ressocialização.
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