Entrevistada desta semana no Podcast Política de Primeira, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que também ocupou cadeira de vice-governadora de Mato Grosso do Sul e teve uma das votações mais expressivas para vereadora de Campo Grande, analisou os bastidores das eleições de 2022.
Candidata à governadora do Estado à época, ela considera que o pedido do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para que a população sul-mato-grossense votasse em Capitão Contar (PRTB) para o Executivo estadual, mudou os rumos do pleito.
A interseção de Bolsonaro ocorreu durante debate na TV Globo, às vésperas das eleições, em resposta à provocação da senadora Soraya Thronicke (Podemos). Até então, o presidente não havia se manifestado, já que estava em dois palanques em Mato Grosso do Sul: o de Eduardo Riedel (PSDB) e o de Contar.
“Então, nós tínhamos as pesquisas que mostravam, eu e o André [Puccinelli] disputando [o segundo lugar] e o Capitão Contar um pouco mais para trás, ali em quarto lugar. Realmente, a fala do Bolsonaro teve uma força muito grande. É inegável isso por todos os números que vi e não estou aqui desmerecendo jamais o Capitão Contar. Ele também vinha fazendo uma campanha importante, mas a gente só sabe quando abre a urna. Os números mostravam que esse segundo turno seria entre o Riedel e eu ou o Ridel e o André”.
Para ela, o mesmo ocorreu em 2024, quando, por meio da senadora Tereza Cristina (PP), o ex-presidente apoiou a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (PP).
“É inegável a força do Bolsonaro. O apoio dele”.
Ouça acima a entrevista na íntegra.
