‘eles precisam pagar e não com migalhas’

Durante participação na COP 30, em Belém (PA), o governador Mauro Mendes (União Brasil), fez um duro discurso contra o que classificou como “promessas não cumpridas” dos países desenvolvidos em relação ao financiamento de ações ambientais. Mendes exigiu que as nações ricas honrem os compromissos assumidos há mais de três décadas nas conferências climáticas, lembrando que o valor prometido era muito superior aos repasses atuais.

“Falaram agora em R$ 5,5 bilhões. Cadê os R$ 100 bilhões que prometeram durante tantas e tantas COPs e nunca aconteceu? Precisamos ser respeitados como país do agronegócio, das florestas, da biodiversidade. Eles precisam pagar. E não com migalhas”, afirmou o governador nesta segunda-feira (10).

Governador de MT confronta potências mundiais na COP 30: “Quem preserva é quem mais sofre restrições”. – Foto: Lucas Rodrigues/SecomMT

Equilíbrio entre produção e preservação

Mendes destacou que Mato Grosso é exemplo mundial de conciliação entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Segundo ele, o estado mantém cerca de 60% do território preservado, é um dos maiores produtores de alimentos do planeta e ainda contribui para a segurança alimentar e ambiental global.

O governador comparou esse cenário ao comportamento das nações industrializadas, que, em sua visão, continuam sendo as principais responsáveis pela emissão de poluentes e destruição ambiental.

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“Os países ricos mudaram muito pouco o seu comportamento. Continuam poluindo, devastaram o que tinham e hoje não têm coragem de colocar a mão no bolso para retribuir a quem verdadeiramente preserva. Essa verdade precisa ser dita”, criticou.

Burocracia e entraves internos

Além de cobrar o cumprimento das promessas internacionais, Mendes também apontou obstáculos dentro do próprio Brasil que, segundo ele, dificultam o uso sustentável dos recursos naturais. O governador citou a demora em processos de licenciamento ambiental e o excesso de burocracia sob o argumento de proteção ambiental.

“Quanto custa ficar 15 anos esperando uma licença para uma mina de potássio no Amazonas, essencial ao agronegócio e à segurança alimentar do planeta? Quanto custa não termos a Ferrogrão ligando o Norte de Mato Grosso ao Pará, enquanto os caminhões queimam óleo diesel? E ainda querem dizer que isso é um atentado ao planeta? Atentado é a mentira que eles contam há décadas”, afirmou.

O painel contou ainda com a presença dos governadores Helder Barbalho (PA), Wilson Lima (AM), Carlos Brandão (MA) e Clécio Luís (AP), que discutiram os desafios da Amazônia Legal na busca por desenvolvimento sustentável e acesso a recursos climáticos prometidos pela comunidade internacional.

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